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O caminho das pedras rumo à expansão do ensino médio

Em colóquio da CONAE 2014, estudantes furam a bolha da escola e falam sobre como atingir novo patamar  no ensino médio

Logo cedo e ao lado de professores, os estudantes participaram do colóquio “Políticas de expansão do ensino médio: espaços e significados da educação para a juventude”, eixo integrante da CONAE 2014. A vivência dos secundaristas tomou conta nessa sexta-feira (21) da conversa que compõe os sete eixos norteadores da conferência.

A mesa composta pelos professores Miguel Arroyo (ex-professor da UFMG), Carlos Simões (CEFET-RIO) e Monica Ribeiro (UFPR) faz parte do Eixo IV, que discute a qualidade da educação, a democratização do acesso e permanência. No sábado, começa as deliberações com as Plenárias de Eixos para o Documento-Base que somará estratégias para o cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação.

Ensino médio, a bola da vez

Para a professora Monica, o ensino médio é um campo de disputas, a chamada “bola da vez”. Em sua fala, ela afirmou que qualquer formação humana estruturada na competição está fadada ao fracasso, como considera hoje os sistemas de avaliação que induz competição entre escolas.

“As vozes de vocês eu não li no relatório oficial da Câmara dos Deputados de autoria do deputado Reginaldo Lopes sobre o ensino médio. Para repensar o currículo é preciso ouvir os maiores interessados, os jovens”, diz.

Pelo fim da cultura de exclusão

O professor Miguel Arroyo comentou sobre o papel da cidadania que deve ser cumprido pela educação. “Que mania tem a escola de classificar o inclassificável para segregar. Estamos num tempo cultural. Deve-se incorporar experiências. Para mim, o currículo é o coração da escola para fortalecer e empoderar professores e estudantes, cumprindo sua função social de permitir sair dos seus próprios muros”.

Nesse mesmo sentido, o diretor de Cultura da UBES, Wesley Machado, indagou sobre os desafios de pensar novas formas de ensino. “A escola é uma bolha isolada. Por que um capoeirista ou um oficineiro não pode entrar na escola e contribuir para formação transversal?”.

Outros líderes estudantis somaram forças para esboçar a cara da sala de aula, desde a necessidade do ensino integral, aos problemas de acesso e permanência. Após participarem da formulação do PNE, os jovens reafirmaram a necessidade de garantir sua implementação.

Repensar a grade curricular e a maneira de ensinar também depende do espaço de diálogo com os secundaristas. “Temos a lei do grêmio livre, mas o movimento estudantil é barrado na porta das escolas”, denunciou Augusto Flexa, do Amapá.

“Não dá para querer mudar o ensino médio em uma sala com sessenta alunos e apenas um professor”, relembrou Lucas Pinheiro, da UMES-Manaus.

“O jovem só se sente contemplado no espaço onde ele pode se expressar”, lembrou Camila Lanes, presidenta da UPES-PR, sobre a garantia de esporte durante a formação.

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