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Passeata estudantil no Maranhão pede mudanças no estado

Ato em defesa da educação e contra corrupção no governo estadual é reprimido

Insatisfeitos com a falta de democracia nas escolas, o estado precário da educação e com a situação dos professores mal remunerados, os estudantes da UBES e da UNE forma às ruas do Maranhão na última sexta-feira (12/09) denunciar os casos de corrupção envolvendo o governo do estado.

A passeata pacífica chamada “Maranhão Sem Sarney” teve como objetivo mobilizar a população maranhense sobre a falta de investimento em setores esquecidos pelos governantes. A diretora da UBES regional, Jaine Santos, afirma que os secundaristas foram às ruas denunciar o descaso com o ensino.

“A educação é sucateada, só no ano passado o governo do estado cortou R$ 23 milhões na área. Nas últimas semanas, a governadora Roseana Sarney foi acusada de envolvimento no esquema de desvio de dinheiro da Petrobrás, além de obras inacabadas, como a da penitenciária de Pedrinhas”, comenta.

Estudos apresentados pela Agência Assembleia sobre o corte no orçamento de 2014 indicam que o governo retirou R$ 23 milhões do orçamento da Secretaria de Estado da Educação (Seeduc).

Para o programa de erradicação do analfabetismo no ano de 2013, o Governo fez uma previsão orçamentária de R$ 7,4 milhões, mas este mesmo programa será contemplado com apenas R$ 250 mil no ano de 2014.

Para o diretor de Cultura da UBES que esteve presente no ato, Wesley Machado, a escola maranhense não é prioridade e ainda vive no século XX, com péssima estrutura, total falta de democracia e perseguição aos grêmios estudantis.

“O Maranhão é considerado o estado com a maior taxa de analfabetismo, com o menor número de estudantes universitários”, comenta. “É um estado de calamidade! Ao andar em São Luís a sensação é de viver no século passado e fica claro que enquanto o Brasil avança, o Maranhão só retrocede”.

Juventude impedida de protestar

Para o movimento estudantil, a manifestação pacífica de rua sempre foi um forte instrumento de mobilização para tornar público as demandas da juventude, porém, o ato dos estudantes maranhenses foi fortemente reprimido por correntes políticas e do próprio governo. Relatos do diretor de cultura da UBES afirmam tentativa violenta de impedir a atividade.

“Três aparelhos da oligarquia decidiram impedir a juventude de protestar: a secretaria de educação do estado convocou todos os diretores a não deixar ninguém entrar nas escolas; juventudes partidárias que atiraram pedras contra passeata e miraram rojões contra diretores da entidade secundarista e a polícia militar, que agrediu estudantes, disseminou pancadaria e terror sem nenhuma distinção”, conta Wesley.

“O que a gente viu é a demonstração de um modelo político atrasado, truculento e que não respeita a opinião dos jovens que não aceitam mais a corrupção,” disse a presidenta da UNE, Virgínia Barros.

A líder estudantil Jaine, que também é presidenta do grêmio no Campus Centro Histórico, do Instituto Federal, afirma que o problema da corrupção se reflete nesse e em outras graves deficiências que atinge diretamente a população.

“São esses esquemas de corrupção que não deixam esse quadro mudar. Os estudantes foram às ruas pedir o fim desse sistema, mesmo que tentem impedir, os estudantes não pararão de lutar”, afirma.

Da Redação