Ubes – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas

UBES CONVOCA: MARCHA CONTRA A REDUÇÃO TERÇA (30), EM BRASÍLIA
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JUVENTUDE UNIDA CONTRA A REDUÇÃO

UBES, UNE e ANPG estão mobilizando estudantes de todo o país para grande ato contra a PEC 171 nesta terça-feira 30, em Brasília

A juventude brasileira está reunida em Brasília para dizer não à redução da maioridade penal.

Centenas de jovens de várias partes do país já estão acampados na Esplanada dos Ministérios para protestar contra a PEC 171/93, que propõe a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos e deve ser votada nesta terça-feira (30/06) na Câmara dos Deputados.

Espera-se que até amanhã milhares de jovens de diversos movimentos sociais, entre eles a UNE, UBES e ANPG, tomem as ruas de Brasília em uma manifestação alegre e festiva. Estão presentes ainda movimentos como o Amanhecer Contra A Redução, o Levante Popular da Juventude e o Fora do Eixo.

“A ideia é acampar aqui com atividades culturais, como um arraia e um festival musical, e depois realizar um grande ato contra a redução”, afirma Eduardo Morreau Coelho Madureira, estudante de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que fez uma viagem de 25 horas da capital fluminense até a capital federal.

Um grande ato de diversos movimento sociais está marcado para acontecer na manhã desta terça-feira, a partir das 9h saindo do Museu Nacional Honestino Guimarães e marchando até o Congresso Nacional. Nesta segunda-feira, dezenas de escolas e universidades de Brasília e região estão sendo mobilizadas para se juntar à luta contra a redução.

“Estamos mobilizando cerca de quarenta escolas e universidades de Brasília para este grande ato para impedir a redução. Estudantes de Santa Catarina, Goiás, Tocantins, Rio de Janeiro e São Paulo estão vindo participar. Esperamos mais de cinco mil pessoas aqui. Queremos mostrar que menos cadeias e mais educação é a solução”, afirma Bárbara Melo, presidenta da UBES.

PRESSÃO SOBRE OS DEPUTADOS

O movimento pretende pressionar os deputados para derrotar a proposta até o momento da votação, que deve começar no fim da tarde desta terça. Desde a semana passada, os estudantes estão conversado com os parlamentares indecisos.

“Esperamos que os deputados indecisos escutem os nossos argumentos e votem contra a redução”, coloca André João, estudante de Ciência Naturais da Universidade de Brasília e vice-presidente da UNE.

Na manhã desta segunda-feira, os jovens acampados e a Anistia Internacional realizaram um escracho nos gabinetes dos deputados contrários e indecisos, “adesivando” inclusive a porta da sala do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

“Ocorreu tudo bem até o gabinete do Eduardo Cunha, quando fomos expulsos pela Polícia Legislativa”, conta Daniela Orofino, militante do Amanhecer Contra A Redução.

Uma recepção aos parlamentares está marcada para acontecer na manhã desta terça no Aeroporto de Brasília. Cartazes contra a redução foram espalhados nas ruas de Brasília no caminho até o Congresso Nacional.

Durante toda esta terça-feira acontecerão diversos shows e atividades culturais. Os jovens prometem fazer uma vigília em Brasília até o fim da votação e se mostram esperançosos, apesar da perspectiva de aprovação da PEC no plenário da Câmara.

“Eu acho muito difícil reverter a votação, mas se conseguirmos diminuir ao máximo a diferença, poderemos ter uma vitória política para conseguir barrar a redução no Congresso no longo prazo”, completa Daniela, do Amanhecer.

OCUPE BRASÍLIA

Os estudantes da UNE, UBES e ANPG estão mobilizados contra a redução da maioridade penal na capital federal desde o início de junho, quando acamparam em frente ao Ministério da Fazenda no #OcupeBrasília.

Durante um protesto contra a votação da PEC 171 na comissão especial da Câmara, os estudantes acabaram expulsos com gás de pimenta e porrada pela Polícia Legislativa.

Depois dessa confusão, os jovens foram proibidos de participar das sessões na Câmara, mas a presença da juventude nas galerias do plenário da Casa na votação desta terça-feira está garantida graças a um habeas corpus conquistado pela UNE no Supremo Tribunal Federal.

Bruno Huberman.