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MOVIMENTOS SOCIAIS DO RIO GRANDE DO SUL ORGANIZAM “24 HORAS CONTRA REDUÇÃO”

Conjunto de atividades buscou sensibilizar a população sobre o projeto e contrapor o discurso sensacionalista da grande mídia

Para intensificar o debate sobre a PEC 171 que está em tramitação no Congresso Nacional, os movimentos sociais do Rio Grande do Sul organizaram, entre os dias 12 e 13 de maio, a articulação chamada “24 horas contra a redução da maioridade penal”. As atividades que se estenderam por toda madrugada na última quarta-feira fomentou debates a céu aberto com a população de Porto Alegre, confecção de cartazes, faixas e panfletagem sobre o assunto.

A iniciativa foi pensada pelo Comitê Gaúcho Contra a Redução da Maioridade Penal, frente estadual criada em abril logo após a aprovação da admissibilidade da PEC na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal. A UBES participou das ações junto com a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Brasileira de Mulheres (UBM), Marcha Mundial das Mulheres, UEE-Livre, UNE, União dos Estudantes de Sapiranga, UENH, UMES-Passo Fundo, JPT, Levante Popular e UJS.

“Sabemos que boa parte dos meios de comunicação tem divulgado notícias falsas relacionando o problema da segurança com a maioridade penal. Da forma mais cruel possível, a mídia tem tentado convencer a sociedade, utilizando a dor da perda de familiares e dos bens adquiridos pelos trabalhadores e trabalhadoras como justificativa. Cria-se a falsa ideia de que reduzir a idade é solucionar o problema”, critica a vice-UBES no Rio Grande do Sul, Fabíola Loguercio.

Para aprofundar o debate com a população e alertar sobre as audiências públicas que acontecem sobre o assunto, os manifestantes organizaram a “esquina democrática” em Porto Alegre, chamando atenção aos dados sobre os índices de violência no Brasil. Líderes estudantis também participaram, entre eles, estudantes dos colégios Paula Soares, Pedro Pereira, Parobé, Julho de Castilho, Protásio Alves, Fundação Liberato e do Instituto Federal de Restinga.

“Hoje, apenas 0,5 % dos crimes são cometidos por menores infratores, caindo para 0,01% nos casos de crimes hediondos”, destaca Fabíola. “Não podemos falar de redução sem lembrar do genocídio da juventude negra e da desmilitarização da polícia, que utiliza dos autos de resistência para matar nas periferias”, argumenta.

Para os secundaristas gaúchos, os atos descentralizados somam forças na tentativa de esclarecer “que a solução para os jovens é a educação, através de uma reforma no ensino e a construção de escolas de período integral”, finaliza Fabíola.

Suevelin Cinti, da Redação.