#UBES67anos: Nossa luta continua!

A comemoração da turma que sabe o que quer

Neste 25 de julho de 2015, a UBES está maior. Nas ruas, nas praças, nas redes ocupando os espaços de discussão, a entidade representa 50 milhões de estudantes que estão nas escolas, nos laboratórios, nos grêmios estudantis de norte a sul do país ajudando a construir educação de qualidade, democracia e desenvolvimento.

É por meio das ideias e sonhos dessa multidão de jovens que há mais de seis décadas a UBES tem extrapolado as barreiras das salas de aula.

Desde os anos 1940 há registros históricos da movimentação secundarista. Na época, por mais acesso e qualidade no transporte público, a reivindicação se personificou com a bandeira do Passe Livre Estudantil na Revolta dos Bondes. De lá pra cá, os secundaristas vêm pautando as gerações herdeiras seus motes de luta.

Na voz de uma juventude combatente e nas ruas, o legado da turma que em 1950 encabeçava a campanha “O Petróleo é Nosso” tem o mesmo ímpeto ao permanecer em marcha para defender a soberania nacional. Juntos aos trabalhadores brasileiros, por novas e maiores conquistas rumo ao desenvolvimento social e econômico da nação, os secundaristas defendem em seus estados a Petrobras como patrimônio nacional e contra a privatização.

Atualizada, a rebeldia consequente tem renovado os desafios da turma que em 1964 foi violentada pelos anos de chumbo. Os que lutaram bravamente contra os porões da ditadura militar refletem sua mensagem de coragem àqueles que estão dentro das escolas fundando seus grêmios estudantis e ampliando a voz contra o autoritarismo em defesa da gestão democrática.

Em sua trajetória, a UBES também traz a marca de seus heróis que resistiram, entre eles, o secundarista Edson Luís e o universitário Honestino Guimarães, que todos os anos são homenageados no dia 28 de março na Jornada Nacional de Lutas da entidade.

Hoje, os estudantes que reivindicam nos corredores do colégio são os mesmos que tem ido às urnas exercer o voto aos 16 anos e ocupar o Congresso Nacional contra a redução da maioridade penal. A disputa reflete ainda a pressão para impedir a manipulação da mídia e para barrar o retrocesso que tenta a todo custo criminalizar a juventude.

Aos 67 anos, a UBES tem firmado o mote “educação pública, gratuita e de qualidade” como palavra de ordem para alimentar novas transformações. Na era da informação e da tecnologia, conectada a esses ideais a entidade secundarista assumiu a luta pela reformulação do ensino médio, por uma nova maneira de pensar o ensino técnico no Brasil e por mais investimentos.

Não tem faltado unidade para pautar a formação do jovem estudante brasileiro como prioridade. A partir do ano de 2010 o movimento secundarista imergiu totalmente na luta e conquistou a aprovação do Plano Nacional de Educação com a destinação de 10% do PIB, além de protagonizar a pressão pela destinação dos royalties do petróleo e Fundo Social do Pré-sal para educação.

#UBES67anos: Nossa luta continua!