Estudantes chilenos e representantes dos professores entregaram, nesta terça (18), ao governo do presidente Sebastián Piñera, os resultados do plebiscito pela educação, realizado nos dias 8 e 9 de outubro, em que 93,2% dos votantes rechaçaram a educação de mercado e apoiaram um modelo educativo público e de qualidade.
DA TELESUR
“Cerca de 50 pessoas caminharam a partir da Central Única dos Trabalhadores (CUT), localizada a poucas quadras do (Palácio) de La Moneda para entregar os resultados das votações de 8 e 9 de outubro”, como informou a correspondente da Telesur, en Santiago, Beatriz Michell
Michell relatou que “houve um forte confronto, que levou algumas pessoas à prisão e algumas pessoas da imprensa foram feridas levemente”.
A correspondente da Telesur informou que depois da intervenção policial “três pessoas conseguiram entrar no interior do La Moneda e entregar os resultados do plebiscito”.
Chadwick, por sua parte, reconheceu que houve “um desencontro entre o palácio de La Moneda e a direção” razão pela qual se produziu o enfrentamento entre Carabineros (polícia chilena) e os manifestantes, indicou Michell.
A delegação que conseguiu entrar se reuniu com o porta-voz do governo chileno, Andrés Chadwick, que não emitiu nenhum comentário sobre receber o material.
Paralisação nacional
Frente à confusão entre a realização de uma greve nacional e mobilizações por 48 horas, a jornalista esclareceu que na semana passada foi anunciado uma greve geral, mas no final de semana os estudantes “mudaram a informação e disseram que esta terça (18) seria um dia preparatório para uma jornada de mobilização nacional, não uma greve”.
Para esta quarta-feira (19) está programado “um dia de mobilizações, quando serão realizadas quatro marchas”, todas autorizadas pelo governo.