Cerca de 200 manifestantes, entre eles estudantes e professores unidos por melhorias no ensino do país realizou em Manaus nesta manhã (14) uma das primeiras manifestações nacionais que prometem marcar a história da educação brasileira
Os estudantes amazonenses das escolas municipais e estaduais, em apoio à greve dos professores que teve início nesta quarta-feira (14), ocuparam a piscina da Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM) reivindicando melhorias nas condições de trabalho na educação. As mobilizações que começam a acontecer a nível nacional, se estendem até a próxima sexta-feira com atividades em prol da educação, como fala o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), Marcus Libório.
“Estamos chamando atenção das autoridades ao piso salarial, aos 10% do PIB pela educação, 50% do pré sal pela educação e aos planos de cargos e salários”, afirmou. Simultaneamente, em Pernambuco, estudantes ao lado de seus professores ocuparam as ruas como forma de contestar as pautas da classe que enfrenta o descumprimento da lei do piso salarial e a luta dos profissionais de educação e entidades estudantis em defesa de uma educação de qualidade.
A GREVE E SEUS MOTIVOS
O protesto, que também contou com o apoio de professores das duas redes de ensino, integra uma série de atos que deverão ser realizados em todo o país, pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), cobrando entre outras coisas o cumprimento do piso nacional do magistério.
Criada em 2008, a lei determina um valor mínimo que deve ser pago a professores com formação de nível médio e jornada de 40 horas semanais. Para 2012 esse valor foi definido em R$ 1.451, mas segundo levantamento da CNTE, 17 estados não cumprem o valor do piso nacional do magistério
Além de cobrar o cumprimento da Lei do Piso, os estudantes junto aos professores e entidades como UBES e UNE, reivindicam suas pautas para que o Plano Nacional de Educação (PNE), que tramita na Câmara dos Deputados, inclua em seu texto uma meta de investimento mínimo na área, equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB), a ser atingida em um prazo de dez anos.
Com Agências