Na última quinta-feira (29) cerca de dois mil estudantes realizaram uma passeata pelas ruas de Belo Horizonte. A atividade tinha como principal reivindicação a criação de um fundo com os recursos dos royalties do minério para ser investido em Educação, Ciência e Tecnologia. A passeata compõe a Jornada Nacional de Lutas da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).
Os estudantes de BH, Betim e Contagem se encontraram na Praça Pio XII e partiram em direção à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Segundo a presidente da União Colegial de Minas Gerais (UCMG), para estudante Isadora Scórcio, a força da passeata é uma clara demonstração do descontentamento dos estudantes com a forma como a Educação é tratada pelo governo do estado. “A Educação não está entre as prioridades do atual governo de Minas. As escolas estaduais estão em péssimo estado de conservação, os profissionais da Educação não são valorizados e não se investe em Ensino Técnico. Nenhuma sociedade consegue superar suas dificuldades se a Educação não for tratada como um fator estratégico para o desenvolvimento”, disse.
Durante a passeata os estudantes pararam em frente o prédio do Banco Central e protestaram contra os altos juros no Brasil que, apesar de terem diminuído, ainda comprometem o aumento do investimento em áreas estratégicas para o país como a Educação e a Indústria.
Ao final do protesto as entidades se reuniram com o presidente da ALMG, o deputado Diniz Pinheiro e o presidente da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia, o Deputado Bosco. Os estudantes apresentaram a proposta de emenda constitucional que institui o fundo social do minério e pediram o apoio da Casa para que a PEC seja aprovada.