As atividades dos secundaristas baianos começaram na segunda-feira (12), em Salvador, quando cerca de 500 estudantes seguiram em passeata até a Secretaria de Segurança Pública para pedir mais segurança na Escola Estadual Edvaldo Brandão Correia, em que a professora de Matemática foi assaltada dentro da sala de aula no último dia 7/8. No dia da Paralisação Nacional das escolas públicas, 13, a UBES e os secundaristas se mobilizaram ao lado do Movimento do Passe Livre (MPL), conduzindo uma passeata da Praça Campo Grande até a prefeitura, no centro da cidade.
A ação encerrou um dia de protestos que relembrou os dez anos da Revolta do Buzu, tradicional mobilização que, nessa terça-feira (13), levou cerca de 2 mil estudantes a fecharem as principais vias da capital. Os estudantes marcharam ainda pela Avenida Anita Garibaldi em direção ao monumento Clériston Andrade, no bairro de Ondina. No bairro de São Caetano, ocupam alguns ônibus que seguiam para o Centro sem efetuar o pagamento da tarifa.
Mesmo nas escolas em que os estudantes não foram liberados para ir às ruas, a UBES e seus diretores locais da entidade organizaram assembleias gerais internas para promover o debate e articular melhorias nessas instituições de ensino. Entre as reivindicações está a denúncia contra a Prefeitura, por ter desviado 3 milhões da verba da merenda escolar, o comprometimento na aplicação de 10% do PIB do município para a educação e o passe livre para estudantes da cidade.
REVOLTA DO BUZU COMPLETA 10 ANOS
Em agosto de 2013 cumprem-se dez anos da maior mobilização estudantil da Bahia e uma das maiores do país, a histórica Revolta do Buzu que estremeceu Salvador entre meados de agosto e inicio de setembro de 2003, paralisando completamente a cidade por vários dias nesse período. Milhares de estudantes tomaram as ruas de Salvador exigindo a redução da tarifa do péssimo serviço dos ônibus urbanos.