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ESTUDANTES DE SÃO PAULO TÊM PAUTAS ESPECÍFICAS NO ATO DE PARALISAÇÃO NACIONAL DAS ESCOLAS

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A Paralisação Nacional das Escolas que acontece na próxima terça-feira (13) tem a presença confirmada dos estudantes secundaristas de São Paulo. A equipe de comunicação da UBES entrevistou a presidenta da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES), Nicoly Mendes. Confira.

Estudantes de diversos estados do país estão organizando uma paralisação no dia 13 de agosto por melhorias em suas escolas, São Paulo também aparece com forte participação no ato. Quais escolas fecharão as portas?
Entre as já organizadas, na Capital está a escola Moacyr de Campos e Caetano de Campos; em Santo André a escola Américo Brasiliense; em Osasco as escolas Estaduais Walter Negrelli e Major Coelho; em Carapicuíba as escolas estaduais Professor Luis Pereira Sobrinho, Tonato e Maria de Lurdes; em Campinas a Escola Estadual Jornalista Roberto Marinho, e em Ribeirão Preto a escola Thomas Alberto Watelly.

Quais são as pautas dos estudantes paulistas nessa mobilização?
Além das pautas unificadas que tornam a nossa luta unificada às escolas de todo o Brasil (confira aqui), a galera de São Paulo vai mobilizar contra o Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Público Paulista (PIMESP); contra a redução da maioridade penal, porque não se combate violência com mais presídio; contra o projeto Cura Gay, machismo e homofobia, para que a Escola saia do armário; pautas específicas de cada escola e muitas outras questões do cotidiano das escolas.

Entre essas questões específicas, o que se destaca nas salas de aula da maior cidade do país?
São pontos bem variados, temos escolas tradicionais como a Caetano de Campos em que as turmas irão pautar a falta de acessibilidade para os estudantes com necessidades especiais, dificuldades particulares como a falta de professor de matemática desde o início do ano. Mas existem também os interesses incomuns rumo à reformulação do ensino médio, como a unânime bandeira contra as grades que fazem da escola uma prisão.

A paralisação alcança diversas regiões do estado, quantos estudantes estarão envolvidos na atividade?
A nossa mobilização vai ser de dentro pra fora. Faremos dentro das próprias escolas assembleias gerais para reconhecer as pautas especificas de cada uma delas e depois “lacrar” essas escolas em simbologia ao “trancamento” do modelo de educação que não queremos mais, daí então ocupar as ruas com nossas palavras de ordem e pautas.

O histórico de participação dos estudantes paulistas é forte em diversos momentos nas luta em defesa da Educação paulista. Além das escolas, para onde seguirá o ato?
Nessa atividade, os estudantes irão ocupar a secretaria municipal e estadual de educação de São Paulo, vamos levar até as estações de metrô e às principais avenidas as nossas bandeiras pelo passe livre estudantil e a melhoria no transporte público.

O “13 de agosto” acontece paralelamente à votação dos royalties na Câmara dos Deputados. Qual perspectiva da UPES nesse momento decisivo para o financiamento da educação em todo país?
A nossa intenção é pressionar para aprovar o financiamento com fundo social do Pré-sal e não somente o rendimento. A luta pelos 100% dos royalties do petróleo e 50% do fundo social do Pré-sal sempre será por investimento em educação com apoio dos estudantes.

Da Redação