Plano de governo para educação é central para definir opinião dos secundaristas nas eleições
Decidir o lado dos estudantes no 2º turno foi o tema central da Reunião da Diretoria Plena da UBES nessa terça-feira (14/10), em São Paulo. O debate de educação sobre as perspectivas das lideranças estudantis de todo o país iniciou as discussões que encaminhou o posicionamento da entidade.
Na mesa de debate esteve a presidenta da UBES, Bárbara Melo; Emanuelly Rodrigues, diretora da UBES na Bahia e Carlos Eduardo Oliveira, professor de história e ex-presidente da UPES.
“Esse é o momento de trazer à tona a verdade, precisamos saber quem está do lado da educação pautada pelos estudantes e quem é o nosso inimigo. Não estaremos apáticos no 2º turno”, afirmou Bárbara.
No próximo dia 26 de outubro acontece o segundo turno para as eleições presidenciáveis, no qual está em disputa a candidata Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).
Nas palavras do professor Oliveira, a grande disputa entre os dois candidatos consiste em decidir se os investimentos irão para educação pública ou para os grandes empresários.
“O debate sobre a educação é sobre a nova fase que vamos defender, pela escola pública que queremos como espaço democrático, investindo no Plano Nacional de Educação. O movimento estudantil precisa elevar o debate político para que o governo rompa com os empresários e tenha o compromisso de investir na educação”, defende.
Em consenso, os estudantes reunidos discutiram que o melhor governo a receber o apoio dos secundaristas será aquele que priorizar em seu plano as pautas educacionais, como comenta Emanuelly.
“A ordem do dia foi compreender para debater educação, financiar o ensino público nas escolas e nas universidades. Estamos debatendo o nosso futuro, precisamos escolher o melhor plano de governo para o povo brasileiro”, finaliza.
Após o debate de Educação, a etapa seguinte foi a deliberação final de Conjuntura que decidiu qual candidatura recebe o apoio dos estudantes.
A plenária que reuniu lideranças da UBES, UNE e ANPG declarou apoio à Dilma Rousseff em decisão unificada que dará corpo a uma Carta dos Estudantes que será entregue à candidata.
“Não podemos ter uma posição que não seja crítica, devemos pensar uma boa carta de apoio com todas as demandas da juventude e dos estudantes, não podemos retroceder. Quem resistiu aos governos neoliberais de Fernando Henrique Cardoso hoje declara apoio à Dilma para apoiar as mudanças”, definiu Bárbara.
Da Redação