Secundaristas denunciam falta de professores e má estrutura da instituição
Ato em defesa da educação insere os estudantes alagoanos no mapa nacional de mobilizações que tem tomado o país no Mês do Estudante. Na quinta-feira (21/08), os secundaristas da escola estadual Professor Margarez Maria Santos Lacet ocuparam a Secretaria de Educação do Estado pautando ensino de qualidade e melhorias estruturais nas escolas.
Com a palavra de ordem “a aula hoje é na rua”, uma das principais bandeiras do movimento que ocupou a sede administrativa do setor no estado, foi a falta de professores em diversas matérias. “Esse problema é muito comum nos dois horários, mas principalmente no período da noite, praticamente ficamos todo o horário com aula vaga”, denuncia Daniel Menezes, estudante do 2º grau, que está na escola há 6 anos.
A falta de estrutura básica para formação das turmas, como por exemplo, a falta de computadores e a abertura dos laboratórios de informática também estiveram entre as reivindicações do ato organizado pela Associação dos Estudantes Secundaristas de Alagoas (AESA), a UBES e a UNE.
“Essa foi a oportunidade de inserirmos outras questões, como a falta de qualidade na merenda, que geralmente é a mesma toda semana e a deficiência na estrutura física da instituição”, comenta o presidente da AESA, Pedro Menezes. “A Margarez Lacet se destaca como o melhor time de handebol nas competições entre as escolas públicas, porém, atualmente a quadra está totalmente destruída e sem cobertura, a aula de educação física é dentro da sala de aula”, exemplifica.
Durante o ato, a secretária adjunta e uma das coordenadoras da 14º Coordenadoria Regionais de Educação, se comprometeram em enviar uma equipe no dia seguinte para fazer um levantamento dessas denúncias e garantiu que até a sexta-feira (28/08) da próxima semana a carência de professores será resolvida.
“Os estudantes mais uma vez mostraram o seu potencial. Nem mesmo a chuva e todas as dificuldades impostas foram suficientes para nos parar. Ocupamos a secretaria de educação, demos o nosso recado e saímos com uma proposta de solução. Os estudantes mostraram sua capacidade de indignação e juntos, com a AESA, mostraram que educação não é brincadeira”, comemora Pedro.