Contra desmonte da educação: estudantes e trabalhadores ocupam Assembleia Legislativa no PR

Em meio à greve na rede estadual de educação, estudantes integram ocupação contra projeto que ameaça direito dos trabalhadores

Contra o chamado “pacotaço da maldade”, cerca de 15 mil pessoas circulam pela ocupação iniciada na última terça-feira (10/02), na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná. Nas rampas, corredores, galerias e no plenário, professores, estudantes, profissionais da saúde, do setor penitenciário e da própria polícia integram a ocupação pacífica pela retirada do pacote de medidas que pode alterar os direitos dos trabalhadores paranaenses.

O projeto do governo do estado que está em processo de votação ameaça entre outras coisas, a aumentar a jornada de trabalho, diminuir direitos, fechar salas de aula e demitir professores. Ontem (10), após reunião, parlamentares votaram a formação de uma comissão que votará o projeto.

Segundo a diretora de comunicação da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES) que também está na ocupação, Luísa Lourenço, essas medidas combinadas à demissão de professores e atraso nos salários resultaram na greve da rede estadual que promete seguir até o fim de março.

“Isso afeta diretamente a nossa rotina na escola, nossos professores estão sendo desrespeitados com as medidas do pacotaço. A desvalorização dos nossos profissionais afeta diretamente o estudante que também vem sendo desrespeitado dentro dos espaços deliberativos do estado do Paraná”, diz relembrando que no último ano a casa extinguiu a votação direta para diretor nas escolas públicas.

Governo anuncia reintegração de posse

Na manhã desta quarta (11), um pedido pela reintegração de posse da assembleia legislativa foi enviado pelo governo do estado. Os manifestantes, no entanto, prometem permanecer acampados como símbolo de resistência ao projeto.

Participam da ocupação a diretoria da UPES, UPE, diretores da UBES, líderes estudantis das escolas estaduais, secundaristas do Instituto de Educação do Paraná e representantes de grêmios.

Da Redação