Secundaristas de Novo Hamburgo pressionam contra corte de recursos deste ano
Os estudantes de Novo Hamburgo, no interior do Rio Grande do Sul, deram o pontapé inicial na Jornada Nacional de Lutas pelo Ensino Técnico da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) na tarde desta segunda-feira (06). Os estudantes gaúchos foram para as ruas contra os cortes de 15% das verbas destinadas às escolas técnicas da cidade.
Os secundaristas surpreenderam o governador, José Ivo Sartori, que visitava a Universidade Feevale, no Vale dos Sinos. Na oportunidade, os estudantes do grêmio estudantil Maio de 68, da União dos Estudantes de Novo Hamburgo (UENH), da União Estudantil de Sapiranga (UES) e da UBES entregaram uma carta com reivindicações. Acesse aqui o documento.
“Foi importante para chamarmos atenção ao atual momento do ensino técnico e para educação do estado que passa por uma situação complicada”, comenta o secundarista do colégio 25 de Julho e presidente da UENH, Matheus Massia.
O jovem disse que o governador permanece negando a existência dos cortes, porém, no último dia 19 de março, para conter déficit de R$ 5,4 bilhões previsto para 2015 anunciou decreto que reduz R$ 1 bilhão do orçamento ao ano, o que implica em economia de 21,3%.
Segundo a estudante Thaís Zimmer, de 18 anos, o pacote do governo afetou todas as escolas estaduais na parte de segurança e estrutura. “O corte afeta todas as escolas, em Sapiranga, por exemplo, há instituições que não receberam repasse para o ano letivo de 2015, estão usando recursos do ano passado que são insuficientes”, diz Thaís.
A estudante afirma ainda que a mais afetada foi a Fundação Liberato, maior escola técnica do estado que se localiza em Novo Hamburgo, onde estuda Gabriel Haupt, tesoureiro da UENH.
“Acho um absurdo essa retenção feita pelo governo do estado que chega a 15% no orçamento da nossa escola. As dívidas de bilhões de reais do governo não poderão ser quitadas com cortes na educação, pelo contrário, é formando bons estudantes que o Rio Grande do Sul poderá se reerguer no futuro e superar esta crise. Portanto, nós alunos não desistiremos de lutar enquanto não cancelarem o corte, não vamos desistir”, fala Gabriel.
Suevelin Cinti, da Redação