Interesse e preocupação de muitos estudantes presentes no 41o Congresso da UBES, os cortes na Educação foram motivo de um debate na tarde desta quinta-feira. Sob o tema “A Juventude em Defesa da Educação, por Mais Direitos e Democracia. Nós Não Vamos Pagar Pela Crise”, a mesa discutiu as consequência do ajuste fiscal no ensino nacional e o reflexo da crise na democracia brasileira.
Em todo o país, os cortes já são sentidos. Em São Paulo, após anunciar o governador Geraldo Alckmin anunciar o fechamento de aproximadamente 90 escolas, os secundaristas paulistas realizaram diversas manifestações e nesta semana ocuparam seis instituições. No Paraná, Beto Richa também fechou a porta de colégios.
“Essa escola medieval e atrasada não nos interessa. E temos que mudar e logo, pois essa escola nos transforma em reprodutores da dominação e não em pensadores, não empodera a juventude. A luta em defesa da educação hoje passa por repensar o modelo de educação das nossas escolas”, afirma Patrick Campos, ex-diretor da UNE e membro da Juventude do PT.
No plano federal, desde o anúncio do ajuste fiscal para conter a crise econômica no país, o setor já sofreu o corte de mais de R$ 10 bilhões. Programas com o Fies e o Ciência Sem Fronteiras diminuíram o número de financiamentos e bolsas, respectivamente.
Para a deputada federal Luciana Santos, diante da atual crise, o ajuste econômico é necessário, mas ele deve recair sobre os mais ricos. “Precisamos taxar as grandes fortunas, pois muitas dessas riquezas foram construídas pela sonegação, pela corrupção. Os mais ricos precisam pagar o pato pela crise, não os trabalhadores, não a juventude”, defende a deputada.