Estudantes, professores e repórteres são reprimidos pela polícia de Geraldo Alckmin
Um protestos pacífico dos estudantes de São Paulo contra a proposta de reorganização da rede de ensino foi brutalmente reprimida pela Polícia Militar na manhã desta sexta-feira (09). Com spray de pimenta, balas de borracha e violência, policiais atacaram e prenderam dois estudantes, um professor e um repórter.
O ato pacífico foi organizado grêmios estudantis de diversas regiões do estado, pais, professores e entidades estudantis em marcha que partiu da Avenida Paulista e seguiu em direção à sede da Secretaria Estadual da Educação.
“Quando saímos do Vão Livre do MASP, antes da 9hs da manhã, já estávamos sob repressão da polícia, que com ação truculenta prendeu um estudante e um professor. A ditadura passou, mas em São Paulo, onde o estado é comandado pela polícia, os militares permanecem oprimindo o povo”, declarou o diretor da União Paulista dos Estudantes Secundarista (UPES), Daniel Cruz.
O secundarista do colégio Dom João, Caio Silva, que mora na periferia da zona leste, questiona: “Se para melhorar a educação eles fecham as escolas, para melhora a saúde eles fecharão os hospitais? Seria esse o próximo passo deles?”.
A União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES-SP) também participou da organização do ato em luta contra o sucateamento da educação.
“A nossa luta não é para fechar sala de aula, mas sim para reduzir o numero de alunos por sala de aula, porque só assim vamos aumentar a qualidade de nossas aulas, porém o governo Alckmin afirma que existe uma demanda menor. Isso é mentira, e quem está em sala de aula sabe disso”, declarou o presidente Marcos Kauê.
“A polícia começou a dar tiro com balas de borracha em nós, agindo covardemente contra adolescente que não estavam armados e que tentavam apenas garantir seus direitos. O poder da polícia é mandado diretamente pelas pessoas que são responsáveis pelo fechamento das escolas”, relata o estudante Caio.
Os policiais, para impedir o trabalho de jornalistas, repórteres, cinegrafistas e fotógrafos que registravam a truculência, prendeu um vídeo-repórter, agrediu fotógrafos com cacete e quebrou equipamentos.O diretor da UBES Wesley Machado afirma que a tentativa do governo de inibir as manifestações não terá resultado.
“Ocuparemos cada vez mais as ruas contra o sucateamento da educação de São Paulo. É necessário fazer com que o movimento crie cada vez mais corpo e que toda comunidade seja mobilizada, afinal, ela será radicalmente a mais afetada pela proposta de desorganização”, finalizou.
Da Redação
Foto: Jornalistas Livres