Desafio assumido no Plano Nacional de Educação (PNE), a expansão do ensino técnico brasileiro está entre as metas do principal projeto de lei que regulamenta o destino da educação para os próximos dez anos. O objetivo de triplicar o número de vagas com qualidade e efetivas políticas de permanência foi mote de lutas do Encontro Nacional de Escolas Técnicas da UBES (ENET), culminando em uma Jornada Nacional de Lutas de norte a sul do país.
A mobilização encampada no último período chegou com intensidade nos debates do 41º Conubes que acontece em Brasília (DF). Na mesa “Ensino técnico com expansão e assistência estudantil”, o ex-presidente do Conif e atual reitor do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES), Denio Arantes, comentou as intervenções dos estudantes.
“Esse espaço é o que chamo de voz sem tradução, representa os institutos formados por alunos de todos os gêneros, etnias, classes sociais e religiões, um recorte do mundo muito próximo do real. Por isso, o que fazemos nos IFs é o que está mais próximo de representar a formação profissional para o futuro”, diz Denio sobre o desafio de debater o tema.
O alinhamento de demandas com oferta e qualidade compõe o processo efetivo de inclusão social, o que para a diretora de Educação Profissional e Tecnológica, também coordenadora do PRONATEC no ministério da Educação, Nilva Schroeder, garante permanência. “Atingimos 8,1 milhão de matrículas, alcançando mais de 70% dos municípios brasileiros, nosso desafio agora não é quantitativo, mas entender de que maneira iremos fortalecer o valor social da formação tecnológica”, pontuou.
Na bandeira de assistência estudantil, os secundaristas ressaltaram a importância de avançar em pautas como construção de bandejões nas escolas técnicas, transporte, moradia, material escolar, bolsas para pesquisas de extensão, além de apoio pedagógico e psicológico. Para saber mais, acesse o documento oficial da UBES sobre o assunto, aprovado pelo ENET, o Manifesto Osvaldão.