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RS: CONTRA ATAQUE DO GOVERNO, 90% DAS ESCOLAS PARALISARAM ATIVIDADES

Cerca de 21 municípios gaúchos participaram do protesto. Estudantes já mobilizam novo ato no Dia do Estudante

Nesta segunda-feira (4/8), servidores de diversas categorias do Rio Grande do Sul interromperam as aulas para protestar contra o parcelamento dos salários anunciado pelo governo na última sexta (31). Com plenárias regionais e debates, estudantes e professores paralisaram 90% das escolas gaúchas para denunciar e mobilizar a população contra o ataque aos direitos dos trabalhadores.

Por meio de liminar, o governador José Ivo Sartori (PMDB) divulgou que 48% dos funcionários públicos teriam os salários parcelados em três vezes. O pagamento que seria realizado no final de julho só será depositado em outras duas parcelas divididas nos dias 13 e 25 de agosto.

A vice-presidenta do Centro dos Professores do Rio Grande do Sul (PERS), Solange Carvalho, diz que a medida faz parte de outras ações graves.

“Isso significa que os próximos salários também irão atrasar. O governo pretende ainda levar à Assembleia Legislativa um projeto de lei que institui a responsabilidade fiscal estadual. Pelo texto, ao atingir 95% dos gastos da folha, os recursos serão automaticamente congelados, ou seja, se aprovado será uma política de Estado que justificará futuros cortes”, explica Solange.

Em plenárias regionais, a paralisação desta segunda reuniu mais de 40 entidades que também protestaram contra as mudanças nos planos de carreira, alteração de nível e nomeação dos servidores.

No próximo dia 18, uma assembleia será realizada pelas entidades. Caso não haja negociação, uma greve pode ser deflagrada no Rio Grande do Sul.

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ESTUDANTES EM LUTA

No próximo dia 11 de agosto, quando se comemora o Dia do Estudante, grêmios estudantis de diversas escolas organizarão nova paralisação nas escolas para se posicionar contra a precarização da educação gaúcha.

Segundo a diretora regional da UBES, Fabíola Loguercio, as pautas serão para pressionar contra a ofensiva do governador.

“Declaramos apoio aos servidores, principalmente aos professores que sofrem junto com os estudantes nessa estrutura precária das escolas. O governo Sartori não investe em educação, não paga o piso salarial dos professores e agora está parcelando o salário dos servidores. Desde o início do ano tem cortado mais da metade do passe livre estadual e tem tentado privatizar a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS)”, explica Fabíola.

Nesta segunda, diversas escolas técnicas e da rede estadual participaram da paralisação em Porto Alegre, Campo Bom, Sapiranga, Canoas, Alvorada, Caxias, Pelotas, Santa Cruz do Sul, Rio Grande, Cachoeirinha, Gravataí, Santa Maria e Cachoeira do Sul.

Da Redação