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Com ataques às manifestações populares, 1ª sessão da CPI da merenda elege presidente e é remarcada na ALESP

O direito popular de livre manifestação foi atacado na primeira sessão da CPI da merenda, realizada nessa quarta-feira (22/06).Secundaristas, mães, pais e movimentos sociais estavam na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) para acompanhar e fiscalizar o processo que irá apurar o desvio de verbas destinadas às refeições nas escolas, quando o deputado Marcos Zerbini (PSDB) que presidia a reunião passou a retalhar os protestos da população, ameaçando barrar a participação civil.

Zerbini foi eleito presidente da CPI, apesar das manifestações do público, que gritava palavras de ordem como “golpista” e “ladrão de merenda”. Após a mobilização, a sessão foi encerrada e adiada para a próxima terça-feira (28), com a decisão de que será aberta à população.

Mãe de dois filhos que frequentam escola pública, Maria Rodrigues fala sobre a relevância de acompanhar o andamento do processo. “Temos de estar aqui para poder fiscalizar! Hoje se fala muito em alimentação saudável, em qualidade de vida, mas os meus filhos vão à escola e só tem bolacha e suco! Eles já foram dispensados por não ter merenda!”, denuncia.

Para Leonilson Queiroz, pai de duas crianças que estudam na Escola Laerte Ramos Carvalho, na zona sul de São Paulo: “a alimentação faz parte do desenvolvimento da criança. Uma pessoa mal alimentada terá dificuldades para estudar qualquer matéria. Quando você manda uma criança para escola, confiando que ela está bem cuidada, bem alimentada e você tem a notícia de que só se serve bolacha e bebidas artificiais, você fica surpreso!”, concluiu.

Ao final, secundaristas convocaram um jogral para afirmar que voltarão a ocupar a ALESP, caso o andamento da CPI seja fechado ao público. Confira mais no vídeo a seguir: