(Foto: Karla Boughoff)
O que vamos te falar você já notou nos supermercados, nas lojas e nos postos de gasolina. A sensação que a população brasileira tem a cada instante é que a inflação não para de rasgar seus bolsos, mas tudo isso tem explicação.
O último reajuste real do salário mínimo ocorreu há 4 anos, o que coincidentemente (ou não) é o mesmo período em que Bolsonaro está à frente do governo brasileiro. Não há um ajuste real por conta de, em todos esses anos, a população não ter tido equivalência no poder de compra. O que significa que o salário mínimo aumenta, mas isso não tem significado nada na prática.
A batata está 66,82% mais cara, o leite 66,46% mais caro e o café 58,12% mais caro. Em São Paulo, o litro do leite chegou a ser mais caro do que o litro da gasolina. Os 12 alimentos que compõem grande parte das cestas básicas sofreram aumentos, mas o salário mínimo não, aproximando a população brasileira da fome.
A fome crônica no Brasil atingiu 4,1%, segundo dados da FAO, o que inseriu o país novamente no Mapa da Fome das Nações Unidas. A carestia, o preço elevado, acima do valor real, faz parte da realidade atual e com ela, o aumento da fome.
Créditos das imagens: Karla Boughoff
Chegou a hora de dar um basta nisso. No mesmo dia em que o coração de Dom Pedro I chega em Brasília e Bolsonaro aposta em um ato com tom golpista no Rio de Janeiro, as manifestações dos movimentos populares brasileiros se unem para ecoar o grito de denúncia no momento mais grave do Brasil desde a sua redemocratização.
O Grito dos Excluídos retorna às ruas após dois anos convocando “o povo para descer das arquibancadas dos desfiles cívicos e militares e participar, ativamente, na luta por seus direitos”. Em 2022, o 28º Grito dos Excluídos e Excluídas, traz o tema “Vida em primeiro lugar”.
Neste dia 7 de setembro, o país completa 200 anos da proclamação formal de sua independência e os atos espalhados por todo seu território demonstram que a luta por liberdade e independência nunca acabou e não acabará.