O Circuito de Cultura Secundarista (Circus) da UBES promove a cultura e a comunicação produzidas diariamente nas escolas de todo o Brasil. É por isso que nós não poderíamos estar de fora do maior festival estudantil da América Latina e estamos com um espaço especialmente dedicado às atividades do Circus na Bienal da UNE, com uma programação maravilhosa e que vai contar com convidados mais especiais ainda.
“Esse é um espaço muito importante, porque é onde os secundaristas mais vão conseguir se identificar, sair daqui e fazer igual, nas suas escolas, por exemplo. Porque a grande maioria dos espaços tem um tom mais profissional das coisas e aqui a gente vai fazer o que a gente faz no dia a dia, como roda conversa, de música, dança, TikTok”, conta Alexssia Reis, Diretora de Cultura da UBES.
Apresentações na batalha de Tik Tok
Uma das atividades de hoje foi a Batalha de TikTok, manifestação cultural tão praticada pela geração Z e que representa uma forma de expressão dos estudantes, também. “Estar aqui hoje, representa, pra mim, força e atitude, porque tudo isso que a gente pauta aqui, mostra muita força e resiliência dos jovens secundaristas”, contou Samuel Bastos, um dos convidados da atração.
Luan Vitox, que também se apresentou com ele, também disse que a experiência foi incrível, pois a troca com os estudantes no festival significa uma forma de juntar todos os palcos e todas as culturas do Brasil. “É que nós somos um só Brasil e estamos juntos nessa nova jornada este ano, e isso representa muito a nossa força brasileira como estudantes”, disse ele.
Também tivemos uma Oficina de Fotografia com Celular, ministrada por Jean Barreto, que fomenta a comunicação ativista, com o objetivo de ensinar – na prática – técnicas de fotografia, esse elemento tão importante de manifestação cultural, de comunicação, arte e até mesmo protesto, quando retratamos fatos históricos e registramos marcos.
Jean Barreto orientando secundaristas sobre fotografia de celular e
os estudantes já fazendo testes
O segundo dia de bienal foi marcado também pela Mostra Selecionada de Jogos Digitais e pela Premiação do Campeonato dos Digitais. Os trabalhos escolhidos foram:
Last Equinox: Winds of Change (Bruna Grinkraut)
Eternadando (Jessica de Souza Duran)
O Experimento (Giordano Ritter Parisotto)
E os convidados avaliadores que estiveram presentes puderam dar os seus parecerem sobre este momento Ciência acontecendo pelas mãos dos jovens.
Estudantes ganhadores dos Jogos Digitais e Comissão Avaliadora
A membra da comissão avaliadora Leila Dumaresq é escritora e designer de games e ressaltou o protagonismo dos jovens, “Isso está construindo o futuro, a gente precisa ouvir os jovens. Ver o trabalho deles e onde tudo isso se concretiza, poder poder fazer essa troca, é muito bom, é um privilégio”, comentou.
O mesmo reiterou Paulo Mendes, advogado e fundador do garage.law, também avaliador, quando cita que o protagonismo dos jovens na criação de games é algo a ser valorizado. Por fim, Alan Richard, também da comissão, contou o quanto ficou feliz, enquanto professor, de ver os jovens se posicionando no desenvolvimento científico por meio dos games. “Meu desejo é ver cada vez mais gente participando, trabalhando em jogos, ocupando espaço, em eventos como esse, e fora, porque é uma coisa muito importante porque eles estão tendo um lugar de fala; tomara seja um dos primeiros passos para um futuro”, comemorou esperançoso.
Premiação de estudantes vencedores
Ato político de refundação pública do Ministério da Cultura
Com a presença da Ministra da Cultura, Margareth Menezes, encerramos o segundo dia de evento com o ato público de refundação do MinC. Um dia histórico é extremamente importante para nós. Isto porque o setor cultural do Brasil representa 5 milhões de brasileiros e brasileiras que trabalham e sobrevivem dele em todas as regiões do país e é a cultura mais influente do mundo.
E, mesmo com tudo isso, o investimento no na área sempre foi o menor dos orçamentos dos demais ministérios, por isso, hoje é um marco. O MinC traz fortalecimento econômico, social e de consciência política. “Contamos com a força do movimento estudantil para que nunca mais a cultura saia do seu lugar de ministério, pois são vocês a base de transformação do nosso país, a juventude que pensa, que se organiza, que se mobiliza, que se move em busca de um Brasil mais justo, com a presença do povo no poder e com as políticas públicas para praticar as melhorias sociais necessárias”, colocou a ministra.
Margareth citou, ainda, que não reconhece a sua história de vida sem estar, de um jeito ou de outro, com sonhos de chegar mais longe e deve isso ao seu ‘coração de estudante’. “Tive professores que me guiaram e ensinaram a pensar em liberdade, e isso foi fundamental. Ainda hoje eu continuo sendo uma pessoa que encaro desafios e isso eu agradeço ao meu coração de estudante”, contou ela.