Quinta (17/10): mais de 30 atos confirmados na Paralisação Nacional dos Estudantes

Convocados a lutar “Pela Escola Que Queremos”, estudantes, grêmios estudantis e entidades de todo o Brasil promovem atividades em dezenas de cidades por melhoras na educação

Já passam de 30 atividades programadas por todo o país amanhã, (17/10) na Paralisação Nacional dos Estudantes. Convocada pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), serão realizados murais de ideias, debates, plenárias e passeatas que nesta data darão voz aos principais desafios que os estudantes brasileiros enfrentam nas salas de aula do ensino fundamental, médio, técnico, profissionalizante e pré-vestibular.

No estado de São Paulo, a capital receberá atos nas escolas estaduais Brigadeiro Gavião, em Perus, localizada na zona norte, e na Professor Ayres Neto, na região de Pedreira, extremo sul de São Paulo. Nesta última, os estudantes denunciam riscos estrutura física do prédio escolar que apresenta riscos de desabamento. Na grande São Paulo as cidades que compõem a mobilização são Carapicuíba, Suzano e São Bernardo, também em Mauá a maior escola do município, Professora Therezinha Sartori – conhecida como Viscondão, entrará no mapa das atividades estuantis.

Ao todo são mais de 30 cidades confirmadas. No Rio Grande do Sul, seis escolas serão palco da mobilização, na cidade de Passo Fundo os secundaristas preparam um mural de ideias e debates. No Paraná, Curitiba terá dois atos e em Minas Gerais quatro cidades engrossam a paralisação. No estado mineiro, Belo Horizonte soma ao mapa nacional com duas passeatas em avenidas da capital, outras três cidades engrossam manifestação.

Distrito Federal que, tradicionalmente, organizará as atividades locais em duas importantes escolas, entre elas, Elefante Brancos. Ao lado, a cidade goiana de Anápolis terá quatro escolas paralisadas.

O nordeste também integrará o conjunto nacional de paralisação dos secundaristas em Alagoas e na Paraíba. Só na no estado paraibanos já constam oito cidades confirmadas, incluindo a capital.

Nos arredores da maior reserva de minério do mundo, no estado do Pará, as cinco principais escolas da cidade de Parauapebas se organizam para realizar atos em conjunto. Os estudantes organizam Blitz da Educação nos principais pontos da cidade, onde pessoalmente farão panfletagem sobre suas principais pautas.

No Rio de Janeiro acontecem três atos: na cidade de Petrópolis todas as escolas estarão paralisadas, em Volta Redonda as pautas estudantis serão levadas pelos estudantes até a Prefeitura. Paralelamente, a Câmara dos Vereadores do município de Barra do Piraí receberá o mote da juventude local.

Paralisação segue moldes das lutas da semana do estudante

No evento disponível no Facebook é possível participar e saber mais sobre a paralisação que colocará como plano de fundo o financiamento da educação com 10% do PIB investido no setor para alcançar as metas ‘Pela Escola Que Queremos’. Outros pontos norteadores para superar os atuais desafios da escola pública no país.

Destaca-se a reformulação curricular do Ensino Médio, melhora na estrutura física e modernização das escolas, gestão democrática, escola em tempo integral, passe livre estudantil, valorização do professor, ensino técnico que dialogue com a realidade do estudante e estágios de qualidade.

A mobilização dessa quinta-feira segue os mesmos moldes do ato organizado no Dia do Estudante (13/8), que contou com a participação de institutos federais e escolas centrais de 12 estados. Desde então os estudantes já obtiveram inúmeras conquistas, como o compromisso do governador do Acre em destinar os royalties do petróleo para educação; a ampliação do passe livre no Rio Grande do Sul; a deflagração da “Revolta do Boné” em Minas Gerais que denunciou a falta de liberdade dos estudantes, e o comprometimento do governador da Paraíba em aumentar a patrulha policial na região das instituições de ensino.