UNE
Terminou na última segunda-feira (12/12), a 2ª Conferência Nacional de Juventude, que aconteceu em Brasília nos dias 9 a 12 de dezembro, e reuniu mais de dois mil delegados de todos os estados do país, eleitos em etapas municipais e estaduais, para discutir e aprovar propostas de políticas públicas para a juventude.
Ao longo dos três dias de conferência, Grupos de Trabalho discutiram propostas relacionadas a diversos temas, divididos em 5 eixos norteadores. Seguidos de 5 plenárias de eixo e, posteriormente, de uma plenária final, ao todo, foram aprovados 29 propostas. O documento final contém, entre outras coisas, um pedido de reforma política que garanta a participação dos jovens no poder, contemplando de forma igualitária a faixa etária e o gênero.
O presidente da UNE, Daniel Iliescu, avalia a conferência como um importante espaço para a juventude exercer sua democracia: “É um momento especial para a consolidação da democracia no Brasil. E mais um espaço que o movimento juvenil e estudantil e muitos atores encontram para acumular opiniões sobre as políticas de juventude e se unir em torno de uma força coletiva”.
A UNE, UBES, ANPG e cerca de 300 estudantes de todos os estados brasileiros estão, desde o último dia 6, mobilizados no acampamento #OcupeBrasília para pressionar o congresso pela aprovação rápida do Estatuto da Juventude, do PNE, com a aprovação de uma meta de investimento público da educação em 10% do Produto Interno Bruto (PIB).
“Há espaços institucionalizados, como a conferência, e não institucionalizados, como o #OcupeBrasília. Nossa participação na conferência foi mediada pelo #OcupeBrasilia, foi um encontro de duas formas importantes de luta: a mais radicalizada e a luta institucionalizada, ambas no debate de políticas que façam o estado avançar e se democratizar”, afirmou Daniel.
Às vésperas da votação da aprovação do Estatuto da Juventude, o debate em torno do modelo de desenvolvimento e das políticas adotadas pelo governo para os próximos anos está na voz dos estudantes. “A conferencia reafirmou o papel que pode ter o Estatuto: de estabelecer um marco legal avançado e, se aprovado o sistema nacional de juventude como fundo financiador das políticas de juventude, proporcionar avanços concretos para a juventude”, avaliou Daniel.