Foi mais uma manifestação em nome do futuro do país, estudantes de norte a sul do Brasil, alguns de ônibus, outros de avião. Secundaristas que viajaram quatro, oito, dez e até mais horas para participar da #marchadosestudantes, 1º Encontro de Mulheres da UBES (EME) e a abertura do 13º CONEG.
Limpando a “sujeira” do Banco Central
Ontem,31, logo pela manhã estávamos lá, na entrada da Agência do Banco Central em Brasília. Com água e sabão lavamos o chão em ato simbólico a favor da redução das taxas de juros do Brasil, país que tem uma das taxas mais altas. No final do dia o resultado veio nas manchetes de importantes jornais e agências de notícias internacionais que chegaram com glória:
“Banco Central surpreende com corte de 0,5 ponto dos juros”
Essa é a força e a irreverência da juventude do Brasil, a cara dos estudantes desse país sempre foi de combatividade e conquista, dessa vez não seria diferente. A marcha também defende os 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para Educação, percorrendo toda a Esplanada dos ministérios até chegar ao Congresso Nacional.
O presidente da UBES, Yann Evanovick fala um pouco sobre a importância da manifestação: “É muito importante essa mobilização dos estudantes, é exercitamos essa consciência que vamos conseguir mudar a política econômica do nosso país”.
Alguns com bandeiras, rostos pintados e camisetas das entidades; a concentração final aconteceu no gramado em frente ao Congresso, onde estudantes erguiam faixas a favor do Novo Plano Nacional de Educação (PNE). Com música, discurso de deputados que apóiam as emendas do movimento estudantil para o PNE e palavras de ordem criadas ali mesmo pelos estudantes.
Tivemos a presença de Camila Vallejo, 23, presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile (FECh), importante referência mundial para os estudantes; ela esteve à frente dos protestos no Chile por reformas na educação, dando total apoio ao jovens militares brasileiros. Camila também esteve na Comissão de Direitos Humanos da Câmara em solidariedade ao estudante chileno de 14 que morreu durante protestos.
Em entrevista, ela diz: “No Brasil, o movimento se articulou com a sociedade e o governo ao longo da história e teve conquistas, ainda que pequenas. No Chile, vivemos há anos um descontentamento muito grande e só agora conseguimos uma aproximação com a sociedade”.
Como sempre, o espelho d’água foi tomado em ato representativo; de longe se via o vigor dos estudantes que marcaram mais uma vez a história da educação do nosso país. As mudanças e as conquistas de hoje são a prova de que a juventude não está dormindo, que esta é uma geração consciente de que o presente de luta hoje é a escadaria para o Brasil soberano de amanhã.
Temos nosso próprio jeito de reivindicar nossos direitos, juntamente com a UBES, a União Brasileira dos Estudantes (UNE) e a Associação Nacional dos Pós-Graduando (ANPG), no fim da manifestação entregamos uma pauta com 43 itens com reivindicações como a destinação de 10% do PIB para e 50% do Fundo Social do pré-sal para a investimento na Educação.