Ubes – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas

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CONTRA PRESENÇA DE POLICIAIS NAS ESCOLAS, AMES-RJ REALIZA PANFLETAÇO

Nessa quarta-feira (9), a Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas do Rio de Janeiro (Ames-RJ) realizou nas proximidades do Instituto Educacional Sarah Kubitschek panfletaço contra o Programa Estadual de Integração da Segurança (PROCEIS), que coloca policiais militares dentro das escolas. Assinada no último dia 2, entre a Secretaria de Educação e a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, a medida não foi aprovada pelo movimento estudantil que em breve marcará agenda de mobilização juntamente com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe).

“Isso é um fato absurdo que não aconteceu nem mesmo na ditadura militar, por isso a AMES realizou ontem um panfletaço, para conscientizar os estudantes e mobilizar o grêmios estudantil. O colégio Sarah Kubitschek  está em uma das regiões mais perigosas da localidade, com isso, queremos mostrar ao governo que o problema de segurança não está dentro da escolas, mas sim em seus arredores”, defende a presidente da Ames, Bárbara Bahia, “o dinheiro investido em policiais deveria, na verdade, ser destinado aos professores que hoje faltam em salas de aulas”, completa.

Na ocasião, foi entregando uma petição contra a medida, contendo no documento argumentos jurídicos, pedagógicos e políticos, divididos em dez pontos centrais abordados, entre eles está a possibilidade de repressão nas escolas, o que significaria a negação da liberdade e cidadania, o eventual constrangimento e intimidação com a presença dos policiais no interior das escolas e que a combinação entre escola, crianças, adolescentes e armas pode ser perigosa para todos no ambiente escolar.

SOBRE O PROGRAMA
O programa, que pode causar eventual constrangimento e intimidação aos estudantes, oferece remuneração extra ao policial que abre mão da folga para atividade, na qual a cada oito horas trabalhadas, o policial ganha R$150 se for praça, e R$200 se for oficial. No dia 3, o Ministério Público já havia instaurado inquérito para verificar se o convênio entre as secretarias de Educação e Segurança é compatível com o ambiente escolar. Em nota, a Secretaria Estadual de Educação afirmou que os policiais são treinados para a função, informando ainda que a medida serve para garantir a segurança do patrimônio público.

“Professores levam anos de faculdade para o aprendizado do trato com alunos, não é um curso de 15 dias que vai preparar os policiais. Nós reivindicamos o aumento de profissionais preparados. Hoje não existe mais o supervisor educacional, não existe mais o coordenador de turno, declarou a coordenadora do Sepe, Edna Félix.

LEIA MANIFESTAÇÃO DE REPÚDIO LANÇADA PELA AMES

A questão de Segurança Pública em nosso estado está diariamente presente em nossas conversas. Durante muitos anos nossos governantes pouco se preocuparam com essa questão, hoje por outro lado, tenta recuperar o tempo perdido com o objetivo de mostrar para a população que existe segurança pública e eficaz, mas infelizmente não é isso que presenciamos em nosso dia-dia.

O policial tem como função representar essa segurança e também promovê-la, porém vemos que diariamente casos de repressão e autoritarismo atingem a população, principalmente em regiões mais carentes.

Recentemente, o governo do estado lançou o Programa Estadual de Integração da Segurança (PROCEIS), que levará policiais armados e com direito a revistar nossas mochilas para dentro das escolas. Já não bastando a falta de liberdade e péssima alimentação, agora teremos policiais armados. Assim, nossa escola vem a se assemelhar a cada dia mais à uma prisão. Será que o real objetivo desses policiais é garantir a segurança dos estudantes ou repreender o movimento estudantil e as manifestações que ocorrem nas escolas?

Você estudante, quando olha para sua escola, o que você sente mais falta: de policiamento ou de uma educação de qualidade? O dinheiro que está sendo gasto com esse policiamento, não deveria se investido na melhoria da infra-estrutura e no pagamento de salários descentes a nossos professores?

AMES-RIO repudia tal decisão do governo do estado e convida todos os estudantes a lutar por mais segurança sem abuso de poder, caso nossos governantes não saibam o que o estudante quer e precisa é de educação pública gratuita e de qualidade. Nós temos que mostrar nossas reais necessidades e opiniões. Já que, mais uma vez, o governo quer maquiar a realidade.

Os estudantes do Rio de Janeiro querem e merecem mais segurança ao redor de sua escola, mas principalmente, precisa de uma melhor educação em nosso estado, pois somente com uma educação pública, gratuita e de qualidade que conseguiremos combater os altos índices de criminalidade de nosso país.

Na ocasião, foi entregando uma petição contra a medida, contendo no documento argumentos jurídicos, pedagógicos e políticos. Dividido em dez pontos centrais abordados, entre eles está a possibilidade de repressão nas escolas, o que significaria a negação da liberdade e cidadania, o eventual constrangimento e intimidação com a presença dos policiais no interior das escolas e que a combinação entre escola, crianças, adolescentes e armas pode ser perigosa para todos no ambiente escolar.