A greve dos professores do Distrito Federal continua por tempo indeterminado. Essa foi a resposta de cerca de 10 mil professoras e professores ao governo durante a assembleia geral da categoria ocorrida na última terça-feira (20), na Praça do Buriti. Segundo o Sindicato dos Professores no Distrito Federal Sinpro-DF, a classe reivindica a falta de uma proposta concreta nas reuniões de negociação ocorridas até hoje, bem como as mentiras e os constantes ataques que o governo têm feito à categoria.
O resultado da votação também aprovou o calendário de mobilização sugerido pelo Comando Geral de Greve e a realização de uma nova assembleia geral no próximo dia 27. Mesmo com a reunião do último dia 19, entre a Comissão de Negociação do Sinpro-DF e o governo, continuam pendentes itens que têm impacto financeiro como, por exemplo, a estruturação da Carreira. Outro ponto também ainda não acordado é relativo ao percentual de titularidade (especialização, mestrado e doutorado). O secretário de Educação informou que continua discutindo as reivindicações dos professores com a área econômica do governo, entretanto, não marcou outra reunião.
O governo do Distrito Federal voltou a noticiar o corte de ponto. Trata-se de mais uma ameaça para tentar desmobilizar nossa categoria. Os professores, em resposta, é intensificar ainda mais a mobilização.
PROFESSORAS(ES) PARTICIPAM DO ATO UNIFICADO CONTRA O “DECRETÃO” DO GOVERNO
Ao lado dos demais servidores públicos do Distrito Federal, professoras e professores participaram na manhã desta quinta-feira, dia 22, na Praça do Buriti, ao Ato Unificado contra o decreto do GDF que estipula medidas de contenção dos gastos com pessoal, conhecido como “decretão”. No evento, organizado pela CUT-DF em conjunto com o Fórum do Servidor Público, trabalhadoras e trabalhadores deixaram claro o sentimento de decepção e de repúdio para com as ações do governo Agnelo de promover arrocho salarial com a desculpa de segurar despesa, enquanto milhões do dinheiro público são consumidos com publicidade, eventos, empresas terceirizadas.
Diretores do Sinpro relataram aos demais trabalhadores que a falta de propostas concretas do governo foi determinante para a decisão da categoria de permanecer em greve, repassaram informes sobre a mobilização e convidaram a todos para participar da nossa Campanha de Doação de Sangue que começa amanhã, dia 23. As entidades presentes ao ato manifestaram seu apoio à luta das professoras e professores e afirmaram estarem ali também para cobrar atitudes concretas do GDF em relação as nossas reivindicações. A participação da categoria nesse evento é uma das atividades que constam no Calendário de Mobilização sugerido pelo Comando de Greve e aprovado pela assembleia geral.
Da Sinpro-DF, com Redação