Nesta terça, (02/10), cerca de 150 estudantes alagoanos foram às ruas protestar contra o aumento abusivo da passagem de ônibus na capital, Maceió. O protesto, que contou com o apoio da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), da União Nacional dos Estudantes (UNE), trabalhadores e vários outros movimentos sociais teve início em frente ao Centro Educacional de Pesquisas Aplicada (CEPA). A população, que sofre com o segundo reajuste da tarifa só neste ano foi às ruas reivindicar a redução.
No dia 26 de fevereiro deste ano, a Associação dos Transportadores de Passageiros do Estado de Alagoas (TRANSPAL) aumentou a passagem de R$ 2,10 para R$ 2,30 sem fazer licitação. Depois de vários protestos, o juiz Igor Figueiredo determinou que a passagem voltasse ao valor anterior, R$ 2,10. Inconformados, os empresários entraram com recurso e agora o juiz Marcelo Tadeu concedeu o aumento mais uma vez.
“É inadmissível que em uma das capitais mais pobres do país, tenhamos a passagem proporcionalmente mais cara do Brasil e em troca disso, recebamos serviços caóticos e não tenhamos benefícios que já são aplicados em várias capitais, como: Redução de tarifa nos fins de semana, integração, passe livre estudantil, etc…” Afirmou Dário Rosalvo, diretor da UBES em Alagoas.
O Ministério Público Estadual destacou que a empresa Tac Bus, contratada pela prefeitura, realizou um estudo sobre o valor da passagem de ônibus em Maceió e constatou que a tarifa de R$ 2,10 é adequada à realidade do município. Com este aumento, Maceió passa a ter proporcionalmente a passagem mais cara do país.
“Os ônibus que circulam hoje são antigos, da época em que a passagem era R$ 1,00. Outro problema é a tarifa única, acredito que deveríamos seguir o exemplo que dá certo em várias cidades brasileiras, que os usuários dos coletivos pagam por quilômetro rodado, assim é mais justo.” disse Pedro Mendes, presidente do grêmio da Escola Estadual Afrânio Lages.
Os estudantes ocuparam faixa de uma das principais avenidas de Maceió, a Fernandes Lima e foram em passeata até a praça Deodoro no comércio e assim que o ato terminou, os estudantes fizeram um pula catraca. Diante do aumento, protestantes afirmam que farão novas manifestações.