Ubes – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas

Direito à cidade é tema de novo diálogo com a população paulistana
28 de outubro de 2013
Estudantes protestam contra o aumento do preço do transporte no Instituto Federal Campus Crato (CE)
29 de outubro de 2013
Mostrar todos os posts

Comissão aprova temática de gênero no currículo da rede de ensino

Objetivo é propor reflexões sobre a violência contra as mulheres

A Comissão de Educação aprovou na última quarta-feira (24/10) o Projeto de Lei (PL) 7627/10, da deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), que torna obrigatória a inclusão da temática gênero e suas relações intra e interpessoais nos currículos escolares.

O objetivo é incentivar o estudo e o diálogo sobre o tema gênero, promovendo uma mudança cultural em favor da igualdade entre os sexos.

Para a diretora de Mulheres da UNE, Lays Gonçalves, o projeto de lei pode ser considerado um avanço. ‘’É um projeto de lei muito importante, uma proposta de transversalidade. Se realmente aprovado permitirá que a questão de gênero seja debatida dentro da sala de aula, podendo assim extrapolar os muros da escola. É mais uma forma de combater o machismo e a violência contra as mulheres’’, falou.

Janete Pietá esclarece que a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06) não é suficiente para coibir a violência doméstica contra a mulher.

De acordo com a deputada, a proposta também visa promover debates e reflexões sobre a violência contra as mulheres e entre gêneros. “Pode ser um bom instrumento para uma convivência harmoniosa entre alunos.”

Segundo o CENSO do Ensino Superior de 2010, produzido pelo ministério da Educação, as mulheres são hoje maioria nas universidades, ocupando 57% das matriculas. O mesmo acontece na conclusão dos estudos, 60% das pessoas que chegam até o final dos cursos universitários são mulheres.

Porém, apesar dos avanços, a sociedade continua representando a cultura de machismo e exclusão enraizada em sua construção.

‘’O projeto representa mais um instrumento para embasar as lutas contra a cultura machista, ainda dentro do ensino básico’’, salientou Lays.

Redação UNE