Mais uma conquista para os estudantes das escolas públicas de todo o Brasil, mais um motivo para os secundaristas acreditarem que é possível ingressar no ensino superior em um país em que a educação básica carece de melhores estruturas, mais atenção, mais investimentos para que o ensino superior deixe de ser uma utopia para os estudantes que estão nas escolas públicas.
Às portas de seus 65 anos, a UBES comemorou nessa quinta-feira (11), a sansão da lei nº 12.799 que estabelece critérios de isenção do pagamento de taxa do vestibular para ingressos nas universidades federais. A aprovação surge como um passo inédito e transformador rumo à democratização da universidade.
Até então, o vestibular, o primeiro contato com a instituição de ensino, chegava em algumas instituições ao valor de R$130. Segundo o documento, as federais adotarão critérios para isenção total e parcial do pagamento de taxas de inscrição nos processos seletivos em seus cursos, de acordo com a carência socioeconômica dos candidatos. Para ter direito ao benefício, o estudante deve cumprir duas exigências, ou seja, ter feito escola pública ou ser bolsista integral em escola particular e ter renda familiar per capta de até 1,5 salário mínimo.
Assistimos hoje, a derrubada de uma das grandes barreiras que separava e tornava o sonho do estudo nas federais uma meta impossível para aqueles que vinham das salas de aula do ensino público. A mudança, necessária e até mesmo tardia, deixa para traz mais esta luta vencida com as marcas das centenas de passeatas e atos públicos que o movimento estudantil brasileiro encabeçou de norte a sul de país que quer mais acesso.