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No 67º dia de greve, estudantes e professores do Rio de Janeiro realizam grande ato

Em manifestação pacífica e sem participação violenta da PM, mais de 30 mil pessoas tomaram o centro do Rio de Janeiro no dia dos professores, a desmilitarização da polícia é uma pauta que não pode sair das ruas

Na terça-feira (15/10), data em que o Brasil comemora seu 66º dia dos professores, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), a Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas do Rio de Janeiro (AMES-RJ), a União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro (UEE-RJ), a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) e a União Estadual dos Estudantes Secundaristas do Rio de Janeiro (UEES-RJ) marcaram presença nas ruas, se somando à luta dos educadores fluminenses em greve para reivindicar melhorias na educação. Aproximadamente 30 mil pessoas deram voz à manifestação pacífica no centro da capital.

A passeata teve um destaque diferente, não houve conflito da polícia contra estudantes e professores presentes desta vez. Em outros atos, a presença da PM mostrou ligação direta com agressões e tumultos, fazendo surgir gritos populares como o “que coincidência, não tem polícia não tem violência” e reforçando a pauta nacional pela desmilitarização policial.

Sobre isso o presidente da UEES-RJ e vice-presidente regional da UBES, Gabriel Lopes, afirma: “ontem foi importante para mostrar que a polícia é um órgão que deve representar o povo não ser só um membro do estado. Por isso a pauta pela desmilitarização da Polícia Militar não pode sair das ruas, agora com a continuidade da greve que é o caminho para valorizar o professor, não podemos esquecer também a desmilitarização”.

Cerca de 80% dos profissionais da educação, entre professores, agentes escolares e merendeiras participam da greve que continuará, segundo decisão do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe), em assembleia na manhã da terça.

Dorotéia Santana, professora há 28 no Rio e membro do (Sepe) afirma: “No ato estudantes e professores chegaram todos juntos a Cinelândia, a adesão a greve continua mesmo com ameaças de corte salarial e processos”.

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“O professor é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo”

A presidenta da UBES, Manuela Braga, que estava presente na passeata com muito entusiasmo, falou da luta pela educação e expôs o apoio da entidade secundarista aos servidores:

“É preciso dizer que a UBES dá total apoio não só aos professores do Rio mas aos professores de todo Brasil, porque se a gente diz que quer construir uma educação de qualidade, se temos um sonho de construir um novo Brasil, não dá pra imaginar que vamos conseguir construir essa nova educação se não pudermos valorizar os profissionais. A UBES se solidariza não só aos professores do Rio mas aos atos que estão acontecendo em algumas cidades e estados do Brasil em defesa da valorização, do piso salarial e em defesa do plano de cargos e carreiras”, comentou a líder estudantil.

“Nessa data simbólica, pela 1ª vez desde 20 de junho tantos estados se reuniram em atos apoiando e se juntando a luta dos professores. Isso mostra a unidade dos movimentos sociais e expõem os problemas na educação do país” conta Gabriel Lopes. Entre as pautas estudantis estão o total apoio à greve dos professores, os 10% do PIB para a educação e a construção imediata do novo campus do Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO).

Parados desde o mês de agosto, completando 68 dias de greve, os professores exigem a negociação e revogação do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCR) aprovado no dia 02/10 e feito pela prefeitura, que segundo o SEPE exclui 93% da categoria. Na pauta coletiva pela educação, municipal e estadual do Rio de Janeiro, consta ainda a luta pelo direito a manifestação; que cada professor se dedique a uma única escola e a gestão democrática com eleições diretas para diretores das unidades escolares.

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