Estudantes da América Latina e do Caribe terminam hoje encontro na Nicarágua
Termina hoje (25/04) em Manágua, capital da Nicarágua a reunião dos dirigentes da Organização Continental Latino Americana e Caribenha de Estudantes (OCLAE) que começou na última terçca-feira. Segundo Mateus Fiorentini, diretor de relações internacionais da UNE e membro executivo da OCLAE, a reunião do secretariado geral da Organização é um fórum que reúne secretariado executivo, coordenadores regionais e secretarias. “Este é o espaço onde se define a estratégia do movimento estudantil latino-americano e caribenho para os próximos seis meses”, destacou.
Representantes de grupos de estudantes de 13 países participam da reunião e o evento é aberto para todos os membros da organização.
De acordo com Mateus a perspectiva da Organização é que possam sair com encontro com a definição sobre a ação dos estudantes no cenário político e educacional. “Devemos aprovar a realização de uma campanha em defesa da educação com o objetivo de construir a proposta dos estudantes para a integração educacional do continente e a criação do Espaço Latino-Americano e Caribenho de Educação Superior nos marcos da CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos)”, afirmou. Além disso, eles devem convocar a realização de uma Jornada Continental de Lutas dos estudantes em defesa da educação pública gratuita e de qualidade, contra a mercantilização da educação, pela integração da América Latina e o Caribe e contra a criminalização dos movimentos sociais.
A programação prevê ainda uma atividade cultural dedicada à memória de Hugo Chavez e um ato em apoio a Revolução Bolivariana.
AMÉRICA LATINA UNIDA
A OCLAE avalia que o cenário latino-americano está muito favorável para a integração entre os países. “O fortalecimento do Mercosul, Unasul – União de Nações Sul-Americanas, ALBA – Alternativa Bolivariana para a América Latina e CELAC, este último com a eleição de Cuba por enquanto para a presidência do organismo representa um fato histórico. Nesse sentido a integração e cooperação entre os países da nossa região tem avançado muito em fazer do continente mais soberano e independente”, afirmou.
Entretanto segundo o estudante a criação da Aliança do Pacífico que se iniciou como um bloco comercial envolvendo EUA, Máxico, Colombia, Peru e Chile já se estabeleceu inclusive um marco militar. “Esse cenário faz do processo de integração complexo, heterogêneo e com a presença do imperialismo buscando criar condições para manter e ampliar sua dominação sobre o continente” ressaltou. E continuou: “para fazer da América Latina e o Caribe uma região soberana em sua plenitude é preciso definir um marco educacional para essa integração. Promover uma integração somente comercial, mas também política, cultural, social e educacional”.
Para ele o último período tem-se avançado ao realizar-se a Cúpula Social do Mercosul, um espaço de ciência e tecnologia da Unasul e a reunião de Ministros de Educação da CELAC realizada em fevereiro em Cuba. “Para fazer da América Latina uma região soberana na sua produção científica, tecnológica e de conhecimento é fundamental inserir a universidade no centro do processo de integração com seu caráter estratégico”, finalizou.
Cristiane Tada, do site da UNE