Na data que a União Brasileira dos Secundaristas (UBES) completou 65 anos de uma história marcada por luta e grandes conquistas no país, o último dia 25 de julho de 2013, mais que comemorativo, foi dia de reafirmar a permanência dos estudantes em marcha por novas conquistas. Com os rostos pintados de azul, verde e amarelo, as ruas de Recife foram ocupadas pelos secundaristas que gritavam em coro palavras de ordem pelo Passe Livre Estudantil nas ruas da capital nordestina.
A convocação feita pela UBES resultou numa passeata que percorreu a Avenida Conde da Boa Vista pelo direito ao benefício de desconto integral sobre a tarifa oficial nas linhas do serviço de transporte público de passageiros. Chegando à Câmara dos Vereadores do Recife, uma comissão de vinte estudantes foi recebida em reunião pelo presidente da Casa, Vicente André Gomes.
Na abertura da reunião, a presidente da UBES, Manuela Braga, relembrou os anos de luta da entidade fundada em 25 de julho de 1948, completando na data da mobilização, exatamente 65 anos de existência. “É uma data bastante significativa e encampamos o passe livre como bandeira para nossa manifestação por mais qualidade na educação, acesso e permanência na escola”, disse.
COMISSÃO DE ESTUDANTES APRESENTA PLANO DE LEI
Representantes da UBES, União dos Estudantes de Pernambuco (UEP) e União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas de Recife (UMES) apresentaram um modelo de projeto de lei redigido pelas próprias entidades para instituir o passe livre municipal. Durante o encontro ficou estabelecido que o documento será analisado pela Casa e todo o processo acompanhado de perto por uma comissão formada por estudantes.
Vicente André Gomes destacou que é significativo ouvir e contribuir com os anseios da juventude que busca mudanças para a sociedade. “O movimento é legítimo. A educação precisa melhorar e o passe livre pode mudar a história de muitos jovens. Nós vamos analisar cada ponto sugerido no documento e serrar fileiras para conquistar sua aprovação”, disse o vereador.
Para o presidente da UMES, Jader Kleiton, o processo de melhoria começa com as manifestações das ruas. “Nós acreditamos que podemos mudar o país. A educação apresenta graves problemas e nós lutamos por mudanças reais”, afirmou.
A reunião foi avaliada como positiva pelos representantes do movimento. A opinião foi partilhada pela presidente da UEP, Melka Pinto: “esta é uma bandeira histórica do movimento estudantil e se tornando lei na capital do Estado, replicará em outras cidades da Região Metropolitana”, analisou.