Ato da Jornada em escola de Guarulhos (SP) abre diálogo com diretoria escolar

Paralisação na E.E Mário Bombassei traz vitórias reais para estudantes

Terça-feira, 25 de março, a Jornada de Lutas de São Paulo deu sua largada na cidade de Guarulhos com a paralisação da Escola Estadual Mário Bombassei, onde diretores da UBES e da UPES junto com os estudantes deram uma aula de cidadania na porta da instituição para denunciar o autoritarismo e a falta de democracia da direção escolar.

Após três horas de reivindicação, uma comissão de cinco estudantes com os líderes estudantis foram recebidos pela diretora. Após levantar os problemas e as dificuldades que os estudantes enfrentam, principalmente, na questão de falta de tolerância e reclamações diante das péssimas condições estruturais da escola, uma reunião foi agendada para próxima segunda-feira (31) com a participação dos pais para esclarecimentos e possíveis soluções destes problemas.

Em desabafo, mãe de uma estudante que participava da paralisação relatou caso de autoritarismo e a insensibilidade de inspetor da escola que bate porta na cara de sua filha por ter chegado alguns minutos (menos de cinco) atrasada, tendo assim que voltar para casa e perder o dia todo de aula. “Estes casos de intolerância e falta de educação, não foi uma ou duas vezes que aconteceu.” diz a mãe.

POLÍCIA PRA LADRÃO, PRA ESTUDANTE NÃO!

Em um certo momento do ato, estudantes se dirigiram para frente da diretoria. Não demorou para que viaturas da polícia militar aparecessem. Mesmo não coagindo o ato, parte dos estudantes se dispersaram e retornaram às suas casas, refletindo o medo que a juventude da periferia  tem da PM, pois são esse jovens que vivem cotidianamente a ação truculenta de uma polícia sustentada nos  resquícios da ditadura militar.

A juventude também reclamou durante o ato que enfrenta na escola a falta de carteiras e cadeiras nas salas de aula, falta de professor na disciplina de educação física e também a falta de água.

RUMO AO 17º CONGRESSO DA UPES

Para além dos problemas da escola, estudantes aproveitaram para saber mais sobre a luta do movimento estudantil e debater a participação deles no 17º congresso da UPES, que acontece do dia 10 a 13 de Abril na cidade de Americana.

Na mesma oportunidade, os participantes da paralisação comprometeram-se em organizar e participar do grêmio estudantil, para continuar  conquistando vitórias reais aos estudantes junto a UPES e a UBES. Este o primeiro passo, de muitos que virão para transformar a nossa escola.