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Beijaço em Porto Alegre manifesta repúdio à declaração racista e homofóbica de deputado

Ato unificado pede cassação de deputado que declarou que quilombolas, índios e homossexuais são “tudo o que não presta”

Estudantes da UBES e representantes dos movimentos sociais de Porto Alegre realizaram no início da tarde desta quinta-feira um “beijaço” em ato unificado de protesto contra as manifestações racistas e homofóbicas do deputado federal Luis Carlos Hein. Segundo os estudantes que se reuniram em frente à sede do Partido Progressista (PP), no centro de Porto Alegre, a polêmica surgiu na primeira quinzena de fevereiro, quando um vídeo com falas do deputado se tornou público.

Na gravação, feita em novembro, Heinze disse que quilombolas, índios e homossexuais são “tudo o que não presta”. A fala foi registrada em novembro, em audiência pública da Comissão de Agricultura da Câmara no salão paroquial de Vicente Dutra, no norte do Estado.

Com sua namora, a líder estudantil secundarista, Fabíola Loguércio, conta que o ato contou com a unidade de várias entidades contra todo o tipo de preconceito. “Não queremos nada mais que respeito de todas as pessoas, queremos amar, beijar e andar de mãos dadas sem ter medo de apanhar na rua”, conta a jovem relembrando os graves históricos de violência que tem sido motivados pela homofobia.

Preconceito gera violência

Durante a manifestação, os jovens dos movimentos sociais citaram vítimas recentes do preconceito, entre eles o travesti assassinado nessa semana com 11 facadas no pescoço, em Ribeirão Preto e o caso do menino de apenas 8 anos de idade que foi espancado até a morte pelo pai que desconfiava da sexualidade do filho.

“Muitos parlamentares que através de seus espaços na política, disseminam a violência simbólica e psicológica, dando respaldo à violência que acontece nas ruas”, pontua Fabíola, relembrando a importância da Reforma Política. “Lutamos pela reforma para que mais negros, jovens, mulheres, gays, lésbicas e transexuais estejam na política e nos espaços de poder”, conclui.

O beijaço também pautou a reforma na educação, para que seja laica, que emancipe e seja libertária, contra toda a forma de opressão. A líder relembra que esta não é a primeira vez que atos como esse são realizados. “Assim como a unidade do beijaço feito em Brasília fez com que Bolsonaro não assumisse a Comissão de Direitos Humanos, nós pedimos a cassação do deputado federal Luis Carlos Heinze”.

Da Redação