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Sr. Alckmin, os estudantes querem Etecs e Fatecs iguais a do comercial da tv

Passeata na terça-feira reuniu mais de 3 mil pessoas na Avenida Paulista

Desde o início da greve das Fatecs e Etecs de São Paulo, no último dia 17 de fevereiro, estudantes têm perseguido o governador Geraldo Alckmin para denunciar o descaso com as instituições. Eles já realizaram passeatas e até atrapalharam o lançamento de uma obra inaugurada pelo governador, em Guarulhos. Todo esse esforço só tem dado mais musculatura ao movimento estudantil que, juntamente aos professores, saiu às ruas na tarde última terça-feira (11/3) para mais uma vez ligar o alerta vermelho sobre a qualidade das faculdades e escolas técnicas do estado.

Com faixas e cartazes, os manifestantes se concentraram por volta das 14h no vão livre do Museu de Artes de São Paulo (Masp). Nem o tempo chuvoso tirou a disposição dos que lutavam por seus direitos de trabalho e educação dignos.

“Esta não é uma luta apenas dos estudantes, professores e funcionários das Etecs e Fatecs. Esta é uma luta de todos que se interessam por um futuro mais democrático e mais próspero para o estado de São Paulo. É a luta daqueles que estão cansados de ver a educação ser deixada em segundo plano”, falou a presidenta da UNE, Virgínia Barros.

As Etecs e Fatecs são hoje a principal bandeira do governo Alckmin, porém, a realidade está muito distante da mostrada nas propagandas televisivas.

“Queremos bolsas de iniciação científica, queremos bandejão, queremos assistência estudantil e laboratórios de qualidade. Como pode uma faculdade de tecnologia não ter acesso à internet? Queremos instituições iguais às mostradas no comercial. Nossa luta é justa e nossa unidade com os professores e funcionários, o mais precioso tesouro”, bradou a presidenta da UEE-SP, Carina Vitral.

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Negociações

Após mais de 2 horas de percurso pelas ruas da cidade, o ato terminou na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Estudantes, professores e funcionários ocuparam a galeria os deputados para intensificar e adiantar a aprovação do plano de carreira reivindicado pelos professores e trabalhadores.

O anteprojeto de lei 07/2014, enviado pelo governador Geraldo Alckmin à Alesp no último dia 28 de fevereiro foi considerado pelo sindicato da categoria (Sinteps) como um “golpe contra os trabalhadores’’.

Em nota divulgada no site, o sindicato avaliou que o plano rebaixa as tabelas salariais e retira benefícios como a licença maternidade de 180 dias e o auxílio alimentação.

No plenário, professores e funcionários reivindicaram que seja aprovado o projeto com cerca de 20 emendas que visam restituir o que foi cortado no projeto apresentado pelo governador.

“A condição para terminar a greve é a votação, o mais urgente possível, do projeto da carreira com as nossas emendas”, enfatizou a presidente do Sinteps, Silvia Elena de Lima.

A greve dos professores das Etecs e Fatecs já dura 23 dias, e foi aderida por 56% da categoria, segundo o sindicato.

Neste período, os estudantes, além de apoiarem as manifestações, ajudaram a construir a greve para alertar sobre as injustiças sofridas pelos funcionários da educação no estado e também reivindicar suas próprias pautas.

“A greve continua até alcançarmos os objetivos dos professores e estudantes”, disse o presidente do Dce- Fatec, Arthur Miranda.

Renata Bars
Redação UNE