Jovens trocam experiências e colaboram com questões que abordam a formação cultural, o fomento à produção artística e o protagonismo e a participação da juventude nas políticas culturais
Estabelecendo o diálogo com a juventude através das práticas culturais e artísticas, nos últimos dias 11, 12 e 13 de abril, a UBES participou em Brasília do Curto Circuito da Juventude que reuniu 70 jovens de diferentes regiões do país. A partir das práticas culturais e artísticas, o objetivo do evento realizado pelo Ministério da Cultura (MINC) é construir o Programa Nacional de Cultura e Juventude.
Na abertura do encontro, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, admitiu que a pasta falha com os jovens. “A gente está fazendo várias coisas nesse sentido [promoção e incentivo cultural] e está indo mais ou menos bem. Conseguimos fazer edital para negro, índio, mulher, [público] Lgbt [Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros], mas, sabe quando você sente que está faltando!”, disse, e questionou: “E os jovens? O que os jovens estão querendo fazer?”. Ouvir os jovens é o objeitvo, segundo a ministra.
No encontro, os jovens participaram de dinâmicas de grupos, trocando experiências e colaborando com questões que abordam a formação cultural da juventude, que no Brasil, (entre 15 e 29 anos) representam a maior fatia da população, somando mais de 51 milhões de pessoas.
“Somamos aos debates das políticas públicas de cultura que queremos para os jovens do Brasil. A UBES esteve presente para defender a cultura vista não somente como evento cultural, mas como cidadania, sustentabilidade, patrimônio cultural e a abertura da escola à cultura de seu território”, defende o diretor de cultura da entidade, Wesley Machado.
O secundarista que esteve presente nas discussões também incluiu em seu posicionamento a grade escolar como meta de mudanças para o MINC. “A própria escolha de uma grade curricular que valorize a pluralidade, a diversidade cultural local e o intercâmbio da escola com produções e produtores de cultura serão iniciativas decisivas para mudar a cara das escolas”, afirma.
Segundo o secretário de Políticas Culturais do MinC, Américo Córdulaele, o encontro contou com a participação de jovens da periferia e de vários segmentos culturais como o hip hop, audiovisual, agentes de leitura, passinho, funk, quadrilha junina, jovens indígenas e do Coletivo Fora do Eixo, além de integrantes de movimentos sociais como o MST e UNE.
Da Redação com Agências