Dados comprovam a necessidade da Reformulação do Ensino Médio
Segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado no ultimo dia 5 de setembro, a qualidade do ensino médio público caiu em 16 estados brasileiros. O indicador federal que alia desempenho dos alunos em provas de português e matemática com taxas de aprovação constatou, que a nota do país na rede pública no ano de 2013 permaneceu em 3,4, sendo a meta estimada pelo governo era de 3,6. Esses dados afirmam a necessidade da Reformulação do Ensino Médio.
A Reformulação do Ensino Médio Brasileiro é uma das principais bandeiras de lutas demandadas pelos estudantes, e esse é um dos grandes desafios que a UBES tem pautado em diversos espaços de discussão sobre educação em todo o país. “Esses índices demonstram cada vez mais que devemos mudar o ensino médio em todos os aspectos, tanto curricular como em infraestrutura. Investir na diversificação das formas de ensino, na valorização dos professores é uma das metas para gerar mudança no ensino”, conta a Presidenta da UBES, Bárbara Melo.
As dificuldades enfrentadas pelos secundaristas nas instituições de ensino público são muitas, elas vão desde problemas de infraestrutura como falta de equipamentos, até a desqualificação do educador.”Nossas escolas estão precisando passar por várias reformas, sofremos com falta de funcionários, professores com pouca qualificação, estrutura inadequada e alimentação de pouca qualidade”, afirma a vice-presidente do grêmio do Colégio John Kennedy em Sergipe, Jaqueline Souza.
Os estudantes lutam pela reformulação do ensino, pois querem uma educação de qualidade,com mais investimentos, que proporcione escolas bem equipadas, que valorize a cultura e ofereça aos profissionais do ensino mais qualificação, podendo assim transformar a educação no Brasil.
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é um indicador geral da educação nas redes privada e pública. Foi criado em 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e leva em conta dois fatores que interferem na qualidade da educação: rendimento escolar e desempenho na Prova Brasil, em uma escala de 0 a 10.Assim, para que o Ideb de uma escola ou rede cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e frequente as aulas.
Para chegar ao índice, o MEC calcula a relação entre rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e desempenho na Prova Brasil aplicada para crianças do 5º e 9º ano do fundamental e do 3º ano do ensino médio. O índice é divulgado a cada dois anos e tem metas projetadas até 2021, quando a expectativa para os anos iniciais da rede estadual é de uma nota 6,0.