Após dois dias de paralisações secundaristas saem vitoriosos
Nos tempos ameaçadores da ditadura militar o movimento estudantil foi proibido de se organizar e hoje após quase 30 anos do fim deste período, estudantes ainda se deparam com ações opressoras. A Escola Estadual Doutor Anis Fadul, localizada no município de Suzano, em São Paulo, vinha sofrendo com a administração autoritária da vice-diretora, que não permitia a organização do grêmio Consciência Estudantil. Após dois dias de paralisações, os estudantes conseguiram um acordo que desautoriza a intervenção da vice-diretora sobre as ações da agremiação.
Os atos ocorreram nos dias 25 e 26 de agosto, em frente à instituição de ensino, com a presença de 200 secundaristas que gritavam em coro as frases: “Quero expressar minha opinião sem ter opressão!”e “Escola sem ditador! Quero eleger meu diretor!”. Segundo os secundaristas, a vice-diretora está na gestão há três meses, e no ultimo mês vinha desenvolvendo uma atuação dominadora dentro da escola. “Ela reprimia qualquer ação do grêmio e nos tratava como se nós fossemos marginais.Certa vez os alunos fizeram obras de artes e a ela moveu para o pátio e quebrou metade delas”, afirma o vice-presidente do Grêmio, Junior de Sousa.
Um exercício de cidadania
A formação de grêmios nas escolas é uma bandeira histórica da UBES. Os Grêmios Estudantis são uma das formas que a juventude possui para o exercício da cidadania. A UBES acredita que os jovens são capazes de participar da sociedade, apresentando soluções e atuando para o seu aperfeiçoamento.
Os estudantes desempenham um papel muito importante na escola e na própria comunidade, pois é através deles que ocorrem as transformações nas comunidades, nas cidades, no país. Por isso, é necessário que tenham representatividade no espaço escolar.