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Honestino Guimarães, símbolo da resistência!

41 anos que a memória do líder estudantil se reinventa nas lutas da juventude

Hoje, 10 de outubro, faz exatamente 41 anos que o líder estudantil Honestino Guimarães foi preso pela ditadura militar no Rio de Janeiro e nunca mais foi visto.

Para o movimento estudantil, a memória de Honestino carrega em si o símbolo da juventude que combateu as forças repressivas da ditadura militar. No momento mais cruel da repressão que torturava e que quase aniquilou por completo as organizações de juventude, os estudantes da UBES e da UNE conheceram um de seus maiores heróis.

Desde que começaram as torturas e prisões da ditadura, o jovem goiano esteve no topo da lista de perseguidos. Em 1964, durante o golpe de estado no Brasil, Honestino cursava o terceiro ano do Centro Integrado de Ensino Médio Elefante Branco, em Brasília, onde foi presidente do grêmio e contribuiu para criação da União Estadual dos Estudantes Secundaristas do Distrito Federal (UESDF).

Para o atual presidente da UESDF, Leonardo Matheus, a “alma” do líder estudantil ainda paira sobre a rebeldia da juventude. “A luta de Honestino é a que defende o fim dos privilégios pelo bem comum, prova disso é andar pelos corredores da escola e debater com os secundaristas importantes bandeiras que ele defendia, rebeldia presente entre os estudantes”, ressalta.

Em 1968, com o AI-5, Honestino saiu de Brasília e passou a viver, como clandestino, em São Paulo. No congresso da UNE de 1971 ele foi eleito presidente da entidade. Combateu a ditadura até 73, quando desapareceu e não se teve mais notícias.

Reescrevendo a história de seu heroi

Na Comissão da Verdade da UNE, os estudantes reescrevem a história contada pelo governo militar a fim de resgatar a realidade dos fatos como o desaparecimento de Honestino, símbolo da resistência do movimento estudantil.

Segundo a ex-diretora da UBES e integrante da Comissão, Raisa Marques, o grupo de pesquisa que reúne pesquisadores, estudantes e representantes da Comissão de Direitos Humanos também propõe entender a importância de personagens que foram perseguidos e o papel desses militantes durante esse período histórico.

“A Comissão da Verdade da UNE foi criada no bojo de várias comissões, entre elas, a Nacional, reivindicação antiga dos parentes e da sociedade que questiona o paradeiro dos desaparecidos. O intuito é apresentar anualmente um relatório final sobre esses militantes, toda sua trajetória no movimento estudantil até o processo que culminou no seu desaparecimento”, explica.

No 53º congresso da UNE, em 2013, a Comissão entregou o relatório preliminar com a memória de Honestino Guimarães. Em 11 de abril de 2014, o Ministério da Justiça declarou oficialmente a anistia pós-morte do líder estudantil. Saiba mais aqui.

Da Redação