Completando 30 anos, nova diretoria da UMES ergue suas bandeiras pelo fim da aprovação automática na rede estadual e ensino técnico para o desenvolvimento do Brasil
Representativo, formado por diversas opiniões e pautas unificadas, o 23º Congresso da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES-SP) reuniu com muito debate e opinião a irreverência dos secundaristas de São Paulo nesta sexta-feira (30/05). Com mais de 100 escolas representadas, 500 delegados com direito à voz e voto lotaram o auditório do Sindicato dos Metalúrgicos em plenária que decidiu as diretrizes da organização estudantil para os próximos dois anos.
Presentes, além de grêmios estudantis, diretores da UPES, UBES, também estiveram representantes da Federação Democrática Internacional de Mulheres, Secretaria de Educação Municipal, APEOESP, Ministério da Cultura e o senador Eduardo Suplicy.
O secundarista da Etec Esporte localizada na Zona Leste, Marcos Cauê foi eleito o mais novo presidente à frente da diretoria. Emocionado, o jovem de 20 anos aceita a bandeira dos novos desafios. “Tivemos um congresso muito grande que comemora 30 anos de gestão e muita luta. Hoje temos uma conjuntura totalmente diferente, a luta está muito maior. Agora nós vamos para dentro das escolas, lutar para conquistar o fim da aprovação automática na rede estadual, ensino técnico, desenvolvimento do Brasil. A UMES não deixará de se posicionar durante as eleições para resolver essa situação problemática que se tornou a educação de São Paulo nos últimos 20 anos”, afirma o recém-eleito.
Se despedindo de sua gestão “com a sensação de dever cumprindo”, Rodrigo Lucas, sinaliza o protagonismo da entidade no último período. “Depois de dois anos de muita luta, onde conseguimos aprovar a lei dos royalties do petróleo para educação, aprovamos o fim da aprovação automática nas escolas municipais da cidade. Lutamos contra a privatização dos leilões de libra, conquistamos projetos como os Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo (JESP), combate do uso de droga nas escolas”, relembrou ao ex-presidente.
As presidentas da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES) – Angela Meyer e da UBES, Barbara Melo, ocuparam cadeira na mesa central de todo processo eleitoral. Angela afirma que o encerramento do encontro deliberativo foi vitorioso. “A cena do congresso foi construída com muitas escolas e centenas de estudantes mobilizados e representados. A UMES é indispensável na luta que levantamos no estado pela nova escola, na defesa pelo fim da aprovação automática e por um ensino técnico a serviço do desenvolvimento. Foi eleita uma diretoria ampla contemplando todas as regiões da capital paulista que defenderá junto à UPES a reconstrução da escola com uma nova cara, também no ensino técnico oferecido pelo Centro Paula Souza e por uma educação pública brasileira de qualidade”, destaca.
O diretor da pasta de Cultura da UBES, Wesley Machado, também acentuou a representatividade do evento. “Na maior cidade do Brasil, por consequência a maior entidade municipal que temos na rede da UBES, congresso lotado por estudantes de todos os cantos da cidade para debater a realidade da escola de São Paulo e para além de toda pauta que já debatemos no movimento estudantil pela escola que a gente quer e unir isso na juventude”, observou o líder estudantil.
Como os demais secundaristas, Wesley sinaliza a crise da educação paulista que põe em campo o enfrentamento dos jovens presentes para construir as mudanças necessárias. “A juventude gritou e deixou bem claro que os 20 anos de governo do PSDB no estado gera o sucateamento da escola, é necessário superar esse ciclo. A palavra de ordem é ‘Não vai ter Alckmin’, ecoando na boca de todos os estudantes. Daqui pra frente, nesse ano de Copa e de eleição a UMES tem a obrigação de jogar papel preponderante nas manifestações que ocorrerão, passar nas escolas, disputar opinião e trazer, de fato, a estudantada pra rua e garantir vitórias efetivas para capital”, finalizou.
Da Redação