Manifestação organizada por movimentos sociais ocorrerá nas principais capitais
Dia 13, sexta-feira, todos às ruas em defesa da democracia, da Petrobras e da reforma política para combater a corrupção com o fim do financiamento de campanhas eleitorais por empresas.
Manifestação vai ocorrer nas principais capitais; em São Paulo, concentração será na Av. Paulista
A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a União Nacional dos Estudantes (UNE), junto ao MST e algumas das maiores centrais sindicais do país como a CUT, CTB e UGT vão realizar em diversas capitais um grande ato em defesa da Petrobras, do investimento do Pré-sal na educação, da democracia e da reforma política com o fim do financiamento de empresas para campanhas eleitorais. Para a UBES, empresa não vota e, por isso, não deve patrocinar candidatos e influenciar eleições com o poder do dinheiro.
As manifestações estão marcadas para acontecer na sexta-feira da semana que vem, dia 13 de março. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) também estará presente. Em São Paulo, o ato está marcado para a Avenida Paulista, uma das principais vias da cidade, em frente ao prédio da Petrobras, no número 901.
A UBES historicamente sempre esteve na linha de frente dos principais acontecimentos do país, sempre em defesa de uma nação desenvolvida e soberana. A entidade foi uma das pioneiras a encabeçar a campanha “O Petróleo é Nosso!”, que culminou com a criação da Petrobras em 1953.
Agora, a marcha dos estudantes será contra a ideia de setores conservadores e neoliberais da sociedade que querem privatizar a Petrobras, empresa que mais investe no Brasil – mais de R$ 300 milhões por dia – e que representa 13% do PIB Nacional.
“Defender a Petrobras é, também, defender a punição de funcionários de alto escalão envolvidos em atos de corrupção. Exigimos que todos os denunciados sejam investigados e, comprovados os crimes, sejam punidos com os rigores da lei. Tanto os corruptores, como os corruptos. A bandeira contra a corrupção é dos movimentos social e sindical. Nós nunca tivemos medo da verdade”, destaca trecho do manifesto divulgado amplamente nas redes. (Leia abaixo)
Chegou a hora da juventude brasileira ir mais longe e vencer um novo desafio: mudar o sistema político e as regras eleitorais no país. A Reforma Política é a principal disputa atualmente no Congresso Nacional. Um Projeto de Emenda Constitucional já foi apresentado nesse sentido, mas não representa a reforma que a UBES e os movimentos sociais desejam.
A reforma que a gente quer: a) despersonificar o processo eleitoral, tirando o foco dos candidatos e valorizando, na verdade, as ideias. A eleição pelo sistema de voto em lista no legislativo é uma das iniciativas que vão nesse sentido; b) pelo fim do financiamento de empresas a campanhas eleitorais. Se empresa não vota, não pode financiar campanhas. Essa é a principal medida para evitar a troca de interesses entre o poder econômico e o poder político, combatendo a corrupção; c) mais participação popular, com ações afirmativas para inclusão de jovens, mulheres e negros na política institucional. Aprovação da Política Nacional de Participação Popular (PNPS), fortalecimento dos conselhos populares e movimentos sociais
A UBES convoca todos os estudantes para no dia dia 13 de março ocuparem as ruas das suas cidades para defender o Brasil, a Petrobras, a reforma política e o pré-sal para a educação e lutar por mais avanços.
Leia abaixo a íntegra do texto divulgado sobre o dia 13 de março de 2015:
Um dos maiores desafios dos movimentos sindical e social hoje é defender, de forma unificada e organizada, o projeto de desenvolvimento econômico com distribuição de renda, justiça e inclusão social. É defender uma Nação mais justa para todos. Defender os Direitos da Classe Trabalhadora
A agenda dos trabalhadores que queremos ver implementada no Brasil é a agenda do desenvolvimento, com geração de emprego e renda.
Governo nenhum pode mexer nos direitos da classe trabalhadora. Quem ousou duvidar da nossa capacidade de organização e mobilização já viu do que somos capazes.
Defender os trabalhadores é lutar contra medidas de ajuste fiscal que prejudicam a classe trabalhadora.
As MPs 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro desemprego, ao abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença, são ataques a direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora.
Se o governo quer combater fraudes, deve aprimorar a fiscalização; se quer combater a alta taxa de rotatividade, que taxe as empresas onde os índices de demissão imotivada são mais altos do que as empresas do setor, e que ratifique a Convenção 158 da OIT.
Lutaremos também contra o PL 4330, que da maneira como está imposto libera a terceirização ilimitada para as empresas, aumentando o subemprego, reduzindo os salários e colocando em risco a vida dos/as trabalhadores/as.
Defender a Petrobrás
Defender a Petrobrás é defender a empresa que mais investe no Brasil – mais de R$ 300 milhões por dia – e que representa 13% do PIB Nacional. É defender mais e melhores empregos e avanços tecnológicos. É defender uma Nação mais justa e igualitária.
Defender a Petrobrás é defender um projeto de desenvolvimento do Brasil, com mais investimentos em saúde, educação, geração de empregos, investimentos em tecnologia e formação profissional.
Defender a Petrobrás é defender ativos estratégicos para o Brasil. É defender um patrimônio que pertence a todos os brasileiros e a todas as brasileiras. É defender nosso maior instrumento de implantação de políticas públicas que beneficiam toda a sociedade.
Defender a Petrobrás é, também, defender a punição de funcionários de alto escalão envolvidos em atos de corrupção. Exigimos que todos os denunciados sejam investigados e, comprovados os crimes, sejam punidos com os rigores da lei. Tanto os corruptores, como os corruptos. A bandeira contra a corrupção é dos movimentos social e sindical. Nós nunca tivemos medo da verdade.
Defender a Petrobras é não permitir que as empresas nacionais sejam inviabilizadas para dar lugar a empresas estrangeiras. Essas empresas brasileiras detêm tecnologia de ponta empregada na construção das maiores obras no Brasil e no exterior.
Defender a Democracia – Defender a Reforma Política
Fomos às ruas para acabar com a ditadura militar e conquistar a redemocratização do País. Democracia pressupõe o direito e o respeito às decisões do povo, em especial, as dos resultados eleitorais. A Constituição deve ser respeitada.
Precisamos aperfeiçoar a nossa democracia, valorizando a participação do povo e tirando a influência do poder econômico sobre nosso processo eleitoral.
Para combater a corrupção entre dirigentes empresariais e políticos, temos de fazer a Reforma Política e acabar de uma vez por todas com o financiamento empresarial das campanhas eleitorais. A democracia deve representar o Povo. Não cabe às grandes empresas e as corporações aliciar candidatos e políticos para que sirvam como representantes de seus interesses empresariais em detrimento das necessidades do povo.
No dia 13 de março vamos mobilizar e organizar nossas bases, garantir a nossa agenda e mostrar a força dos movimentos sindical e social. Só assim conseguiremos colocar o Brasil na rota de crescimento econômico com inclusão social, ampliação de direitos e aprofundamento de nossa democracia.
Estamos em alerta, mobilizados e organizados, prontos para ir às ruas de todo o país defender a democracia e os interesses da classe trabalhadora e da sociedade sempre que afrontarem a liberdade e atacarem os direitos dos/as trabalhadores/as.
Não aceitaremos retrocesso!
Redação da UNE