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13 de março: “Setores que defendem a Petrobras estão unidos”

Para presidente da FUP, José Maria Rangel, setores que defendem a Petrobras estão cada vez mais unidos

Entre as lutas comuns à classe trabalhadora e aos estudantes brasileiros está a defesa dos recursos naturais do país. Esse é um tema recorrente desde a campanha “O Petróleo É Nosso”, na década de 1950, que contou com ampla participação da União Nacional dos Estudantes (UNE) e levou à criação da Petrobras. Na próxima sexta-feira (13), estudantes e trabalhadores vão novamente às ruas para defender a soberania nacional sobre essa riqueza, mas em um contexto bem diferente.

“Hoje, a Petrobras realiza as maiores descobertas de petróleo do mundo, e isso mexe com a conjuntura de grandes interesses econômicos e políticos. Sempre que algo envolve a Petrobras, aparecem aqueles que só desejam sangrar a empresa”, afirma José Maria Rangel, presidente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), em entrevista ao site da UNE. A FUP, ao lado de outros movimentos sociais, é uma das entidades que está coordenando os atos de sexta. Já existem marchas confirmadas em 24 capitais do país. (Veja locais e horários mais abaixo).

Segundo Rangel, por outro lado, os grupos que defendem o fortalecimento da empresa estão cada vez mais unidos: “Além dos movimentos que lutam historicamente pelo petróleo brasileiro, movimentos sociais, trabalhadores, até mesmo empresários e setores econômicos que tiveram grande crescimento no último período já acreditam que o enfraquecimento da Petrobras não é benéfico”, salienta.

O movimento estudantil brasileiro, que denunciou a tentativa de privatização da Petrobras durante a década de 1990 (quando ensaiou-se, inclusive, a mudança de nome e da marca da empresa), conquistou nos últimos anos a garantia dos royalties do petróleo e do Fundo Social do Pré-Sal para a educação. Os recursos são fundamentais para a viabilização do Plano Nacional de Educação (PNE) das metas orçamentárias para o setor, como o investimento de 10% do PIB no ensino brasileiro, outra conquista dos estudantes.

Porém, o presidente da FUP alerta para a movimentação de grupos políticos que desejam desestabilizar esse cenário: “O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), por exemplo, tem manifestado a sua vontade em rever a Lei de Partilha do petróleo e, por consequência, rever o fundo soberano que foi criado para financiar direitos básicos como a educação e a saúde”, diz.

Por essa e outras lutas, a UNE convoca todas e todos os estudantes para as ruas no dia 13. Além de defender a Petrobras, os atos terão como foco o fim da corrupção por meio da Reforma Política Democrática – com o fim do financiamento de empresas a campanhas e políticos; o combate à PEC 352/2013, chamada de “contra-reforma” e que está em tramitação no Congresso Nacional e a rejeição às Medidas Provisórias 664 e 665, que enfraquecem os direitos trabalhistas do país.

Da Redação da União Nacional dos Estudantes (UNE).