Presidente da CUT-SP, Adi Lima, fala sobre a importância de ir às ruas defender também a reforma política
Manifestações populares organizadas por trabalhadores, estudantes, centrais sindicais e diversas frentes do movimento social ocuparão as ruas nesta sexta-feira. Lado a lado, o mote de luta que ganhará 26 capitais brasileiras é único: 13 de Março, Dia Nacional de Luta em defesa do Brasil.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de São Paulo, Adi Santos Lima, comenta sobre as bandeiras centrais que colocará a população brasileira para defender “de forma unificada e organizada, o projeto de desenvolvimento econômico com distribuição de renda, justiça e inclusão social”, como diz o manifesto que dá corpo à mobilização.
Contra retrocessos no país, as organizações sociais e sindicais pautam como eixo central dos atos a reforma política, os direitos da classe trabalhadora, a defesa da Petrobras e da democracia.
Em conversa com o site da UBES, o presidente da CUT, Adi Lima, fala sobre a recente greve no Paraná que paralisou mais de dezesseis categorias, entre elas a educação. Sobre a medida do governo paranaense que tentou cortar direitos dos trabalhadores, o sindicalista esclarece os riscos de entregar setores essenciais para o desenvolvimento do Brasil nas mãos do mercado e da iniciativa privada que só visam o lucro.
“A concepção neoliberal nas políticas públicas, seja na educação, saúde ou segurança, todas elas, acham que a responsabilidade é da iniciativa privada, o que prejudica toda classe trabalhadora”, afirma.
Em um momento de evidente interesse da mídia em atacar a maior empresa estatal do país, o 13 de Março relembra os riscos da tentativa de privatização da Petrobras. Adi cita a crise da década de 1990, quando parte da Petrobras foi entregue à iniciativa privada e comenta os avanços do atual governo.
“Através dos escândalos de corrupção tentam aproveitar a crise para privatizar a empresa, fazer o mesmo que fizeram com a Vale do Rio Doce, com o sistema elétrico, telefônico, assim como fizeram com vários outros setores entregues ao capitalismo. É preciso investigar e punir os comprometidos com desvios de dinheiro, mas também impedir que aconteça o que houve na década de 90”, afirma.
Segundo o representante da CUT, no período viveu-se um “verdadeiro desmonte do estado brasileiro”, quando parte da Petrobras foi entregue à iniciativa privada. “Esse processo foi interrompido quando no governo Lula houve a descoberta do regime de partilha, o Pré-sal”, diz.
Destacando a importância da democracia, o ato tem entre suas bandeiras a liberdade de expressão, o combate a qualquer tipo de golpe contra o governo brasileiro e pelo fortalecimento do regime democrático.
“A intenção de estarmos na rua no dia 13 defender a Petrobras, os trabalhadores e forçar esse Congresso a aprovar uma Reforma Política no país”, conclui Adi ao lembra a importância de reformular o sistema político no país.
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Da Redação.