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1º DE MAIO: CONTRA O FEROZ ATAQUE AOS DIREITOS DOS TRABALHADORES

Movimentos sociais e toda classe trabalhadora irão às ruas nesta sexta-feira

A tradicional marcha dos trabalhadores e trabalhadoras mais uma vez tomará as ruas do país em ato do 1º de Maio. Neste ano, com a classe sob ataques sem precedentes aos seus direitos, as passeatas irão pautar a defesa da democracia, da Petrobrás e da reforma política.

No Legislativo, a recente aprovação do Projeto de Lei 4330 pela Câmara dos Deputados amplia a terceirização para todos os setores da empresa e rebaixa salários, direitos e conquistas. No Executivo, as Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665 dificultam o acesso a​o​ abono salarial, seguro desemprego e auxílio doença.

Neste contexto, e em repúdio ao massacre promovido pelo governo do Paraná contra os professores, a UBES também erguerá as bandeiras dos profissionais da educação. “Os estudantes se mantém ao lado dos trabalhadores e seu luto pelo que aconteceu com os educadores paranaenses, é algo que a nossa democracia não deveria permitir”, afirmou a presidenta da entidade, Bárbara Melo. ”Temos muito pelo que lutar, a começar pela valorização do salário mínimo e por oportunidades de emprego”, ressaltou.

Só em São Paulo, o movimento é formado por cerca de 30 entidades que tomarão as ruas da capital. Entre elas estão as centrais CUT, CTB e Intersindical, além de organizações dos movimentos sociais e estudantil: Central dos Movimentos Populares (CMP), Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen), Marcha Mundial de Mulheres, Movimento dos Atingidos Por Barragens (MAB), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), UBES e União Nacional dos Estudantes (UNE). Juntas elas assinam manifesto, veja aqui.

CTB FALA AO SITE DA UBES

Ao citar iniciativas como a terceirização, o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, afirmou em entrevista ao site da UBES que, diante de uma complexa conjuntura, há uma efervescência conservadora tentando implementar uma agenda negativa.

“Há arrocho salarial, flexibilização dos direitos trabalhistas e precarização do trabalho. O Projeto de Lei 4330, através da terceirização contribui para o problema social como a extinção da carteira de trabalho”, explica.

Segundo Adilson, a marcha do 1º de Maio também levantará alta a bandeira da Reforma Política Democrática. Para ele, a luta contra o financiamento privado de campanhas pode mudar o rumo do cenário atual. “Precisamos transformar o Congresso Nacional e impedir que aconteça como na votação da PL 4330, quando da maneira mais hostil a tropa de choque atacou os trabalhadores e cerceou a liberdade do povo de se manifestar. Demonstra como o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), é porta voz do capital financeiro especulativo das multinacionais, as mesmas que aparecem no horário nobre da televisão”, evidenciou.

“A luta desses professores é em defesa da carreira, da universalização do ensino público, sobretudo, pela importância do setor estratégico que é a educação para o país. O que une a classe trabalhadora diante desse feroz atentado que se projeta contra a maioria da população é defender a Petrobras, a reforma política democrática e o Brasil”, finaliza Adilson​,​ressaltando as reivindicações centrais desta sexta-feira.

Suevelin Cinti, da Redação.