Mobilização também reunirá diversas frentes dos movimentos sociais para impedir a retirada de direitos do povo em pautas como ajuste fiscal, terceirização e redução da maioridade penal.
Diante da crise econômica, o governo do Rio de Janeiro não poupou a educação, anunciando nos últimos meses uma série de cortes que já afetam escolas e universidades. Para pressionar contra o contingenciamento de gastos na área, estudantes de todo o Estado realizam nesta quinta-feira (25) o “Ato Estadual: contra os cortes na educação e por mais assistência estudantil”, com início às 17hs, na Praça da Candelária, capital do estado.
Participarão entidades do movimento estudantil, entre elas a Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas do Rio de Janeiros (AMES), União Estadual dos Estudantes Secundaristas (UEES), União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro (UEE-RJ), UBES e UNE.
Segundo o presidente da UEE-RJ, Leonardo Guimarães, a mobilização também unificou as pautas do movimento social contra a retirada de direitos. Entidades como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) estarão presente.
“O ato é composto por uma frente ampla dos movimentos sociais para exigir um basta contra a retirada de direitos, entre eles, contra os corte no orçamento da educação, ajuste fiscal, o projeto de lei da terceirização e contra a proposta de redução da maioridade penal. Iniciaremos um diálogo importante para unificar e construir uma agenda contra o ataque de setores conservadores contra os estudantes e trabalhadores brasileiros”, explica Leonardo.
Os estudantes estarão nas ruas para denunciar a medida que tem comprometido a estrutura e orçamento das universidades públicas, atrasos de bolsas de assistência estudantil e o pagamento de trabalhadores. O corte também coloca em risco as metas do Plano Estadual de Educação (PEE) que deve garantir educação de qualidade, expansão, permanência e contratação de professores.
“Neste ato em defesa da educação os estudantes vão às ruas contra os cortes na esfera estadual e também federal. A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ) barrou a destinação de 6% do PIB para educação, sendo um absurdo no estado dos royalties do petróleo cortar um montante de R$ 546 milhões do orçamento”, questionou o presidente da Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas (AMES), João Neto.
A opinião do movimento estudantil é que o governo adote medidas capazes de preservar a justiça social através da taxação no lucro líquido nos bancos com a taxação de grandes fortunas e heranças.