UBES também pediu que governo se posicione contra a proposta de redução da maioridade penal
Na última terça-feira (19), lideranças da UBES, UNE e ANPG se reuniram com a presidenta da República, Dilma Rousseff, para oficializar a preocupação em relação aos cortes orçamentários que podem atingir a educação. Os estudantes também destacaram a importância de se posicionar contra a PEC 171, que tramita no Congresso Nacional.
A reunião com a chefe do executivo aconteceu no Palácio do Planalto com a participação do ministro Miguel Rossetto (Secretaria-geral) e do secretário-executivo do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa.
“Em diálogo, nós evidenciamos a necessidade do governo entrar mais à frente contra a redução da maioridade penal. Pautamos ainda a reformulação do ensino médio e a valorização do ensino técnico”, comentou a presidenta da UBES, Bárbara Melo.
O movimento estudantil evidenciou a necessidade de pôr fim ao contingenciamento das verbas educacionais, que prejudica as universidades federais de todo o Brasil. Dilma disse que a intenção é abrir cerca de 1 milhão de novas vagas até o fim do ano em programas como o Fies, ProUni e da rede federal por meio do Sisu.
“Vamos permanecer mobilizados e ficar atentos para não permitir esses cortes de verbas, pois o ajuste não é uma política em si, mas está aí para preparar um momento melhor para o desenvolvimento do nosso país e não pode prejudicar áreas estratégicas, como educação, a ciência e a tecnologia”, afirmou a presidenta da ANPG, Tamara Naiz.
Os estudantes lembraram que recentemente a educação teve conquistas históricas como o Plano Nacional de Educação com a aplicação dos 75% dos royalties do petróleo, 50% do Fundo Social do Pré-sal e 10% do PIB para o setor. “Queremos que as medidas sejam implantadas com urgência para darmos um salto quantitativo e qualitativo em todos os níveis da educação”, salientou a presidenta da UNE, Vic Barros.
Para pressionar o governo a atender a pauta de reivindicação que foi apresentada, a UBES, a UNE e a ANPG convocam para a próxima semana um dia nacional de paralisação nas universidades federais. O objetivo é mobilizar as principais instituições do país com passeatas, atos e intervenções culturais para chamar a atenção da sociedade e da comunidade acadêmica para as ameaças de corte nos investimentos em ampliação, assistências estudantil e melhorais de infraestrutura.
Da Redação.