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Em todo o Brasil, mais de 200 mil vão às ruas defender a democracia

Atos aconteceram em mais de 40 cidades de norte a sul do país. Até Paris teve protesto

O Brasil parou nesta quinta-feira (20/08) para defender a democracia, lutar por mais direitos, mais educação e contra o ajuste fiscal, entre outras bandeiras que unificaram os movimentos sociais em uma demonstração de força contra o avanço do conservadorismo e da direita.

Os atos foram convocados por mais de trinta movimentos sociais, entre eles a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Associação Nacional dos Pós-graduandos (ANPG), o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Foram registrados mais de 40 atos em todos os Estados e o Distrito Federal. Somando as estimativas dos organizadores, mais de 200 mil pessoas foram para as ruas de todo o país.

A maior passeata tomou as principais vias de São Paulo, em uma marcha de 100 mil pessoas. No Rio de Janeiro, 50 mil manifestantes ocuparam o centro. Em Belo Horizonte e Fortaleza, foram mais de 20 mil.

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RIO DE JANEIRO

Na capital carioca, 50 mil manifestantes fecharam a Avenida Rio Branco, no centro da cidade, e seguiram até a Cinelândia. Quando passaram em frente ao prédio do Ministério da Fazenda, os militantes cantaram palavras de ordem contra o ajuste fiscal: “um, dois, três, quatro, cinco mil, ou para o ajuste ou paramos o Brasil”.

Em um ato com lideranças políticas na Cinelândia, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) criticou o presidente Fernando Henrique Cardozo. “O ex-presidente pediu um ato de grandeza, mas ato de grandeza seria se ele respeitasse as ruas”, declarou.

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BELO HORIZONTE

Em BH, mais de 20 mil participaram do ato que teve concentração na Praça Afonso Arinos, no centro, e seguiu até a Praça da Estação, passando pela Praça 7. Carregando faixas, cartazes e bandeiras, os manifestantes gritavam “não vai ter golpe”, defendiam a democracia, criticavam o ajuste fiscal e também questionavam o aumento das passagens em Belo Horizonte. Recentemente, a cidade viveu cenas lamentáveis em uma repressão contra manifestantes que protestavam contra o aumento da tarifa.

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BRASÍLIA

Estudantes e trabalhadores realizaram um ato com 10 mil pessoas na capital federal. A concentração começou por volta das 16h em uma praça atrás do Conic, próxima à sede da CUT. O protesto então seguiu até a rodoviária do Plano Piloto.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) compareceu ao ato na rodoviária. “A manifestação é extremamente importante, demonstra que os trabalhadores, os movimentos sociais e a esquerda não vão assistir passivamente a qualquer tentativa de golpe contra a Constituição”, afirmou.

Parana

CURITIBA

Em torno de 5 mil pessoas foram às ruas do Centro de Curitiba na hora do almoço desta quinta-feira em defesa da democracia e contra o ajuste fiscal. Integrantes e lideranças de movimentos sociais, estudantis, sindicatos e partidos políticos repudiaram as ideias conservadoras e os retrocessos que ameaçam os avanços que o país precisa para sair da crise.

“Não nos vencerão, porque a democracia não vai acabar”, afirmou o presidente do Grêmio Estudantil do Colégio Estadual do Paraná, Felipe Perez, em referência à ameaça de novo golpe, 51 anos depois.

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SALVADOR

Na capital baiana, os participantes da manifestação iniciaram a concentração nas praças do Campo Grande e da Piedade, no centro, por volta das 14h. Os grupos se juntaram em caminhada por volta das 16h, rumo à Praça Castro Alves. Os organizadores afirmam que o número chegou a 10 mil.

Clériston Silva, presidente da Central das Creches do Brasil na Bahia, defendeu a estabilidade democrática. “Estamos aqui por mais educação, mais responsabilidade com uso do dinheiro público e contra o golpe. Dilma foi eleita com o voto do povo. Se a oposição ou qualquer outro quiser assumir o poder, que vá disputar o voto nas urnas”, afirmou.

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FORTALEZA

Os manifestantes se reuniram na Praça do Ferreira, no centro de Fortaleza, para protestar em defesa dos direitos sociais e por saídas populares contra a crise. A concentração começou por volta de 14h na Praça da Bandeira, e seguiu em caminhada até a Praça do Ferreira, onde foi realizado um ato.

Estima-se que mais de 20 pessoas participaram do protesto. Eles exibiram bandeiras do Brasil, do PT e da CUT, além de cartazes com mensagens como “o petróleo é nosso”. O líder do governo na Câmara Federal, deputado José Guimarães (PT), participou do ato.

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PARIS

Segundo o jornal Brasil de Faro, brasileiros residentes em Paris, na França, reuniram-se na tarde desta quinta-feira para manifestar apoio aos atos no Brasil em defesa da democracia e contra o ajuste fiscal do governo federal.