A abertura do 3º EME da UBES contou com a presença de importantes militantes do feminismo e dos direitos das mulheres
A noite desta sexta-feira (04/08) em São Paulo reuniu centenas de mulheres feministas para a abertura do 3o Encontro de Mulheres Estudantes (EME) da UBES, no auditório da Uninove, zona oeste da capital. “O movimento que eu faço, tem mulheres em todos os espaços”, bradavam as jovens presentes.
O encontro traz como tema “Empoderar as mulheres e defender a democracia”. Estiveram presentes representantes de movimentos sociais, estudantis e feministas que protagonizam a luta contra o machismo e o patriarcado. A defesa do mandato da presidenta Dilma Rousseff, a primeira mulher a governar o país, permeou a fala de todas as presentes.
“É um prazer estar ao lado dessa mulherada empoderada, que quer mudar a sociedade e a escola brasileira. Nesses 67 anos, nós conseguimos empoderar muitas mulheres secundaristas. Como resultado, cada vez mais vemos aumentar a participação das mulheres no movimento estudantil”, declarou a presidenta da UBES, Bárbara Melo.
A diretora de Mulheres da entidade, Rose Nascimento, afirmou que este encontro deixa como recado a luta das mulheres para transformar a sociedade para que ela não reproduza mais o machismo e outros preconceitos, como o racismo e a LGBTfobia.
“Aqui tem muita mulher que lutou muito para ocupar os espaços em que estão. E temos que cada vez mais empoderar as nossas bases, as nossas meninas nas escolas para encerrarmos o ciclo de reprodução do machismo”, destacou Rose.
EMPODERAR AS MULHERES É DEFENDER A DEMOCRACIA
A presidenta da UNE, Carina Vitral, colocou em perspectiva o atual cenário de instabilidade política, para destacar a necessidade do empoderamento das mulheres estar ao lado da defesa dos valores democráticos.
“Eu tenho certeza que as mulheres secundaristas, que são radicais e ousadas, irão tomar lado junto do movimento social e popular pra não deixar que o conservadorismo roube as nossas conquistas. Para cada vez mais democratizar a universidade e a sociedade brasileira, o movimento estudantil precisa se unificar para taxar as grandes fortunas e lutar contra os cortes. Os ricos precisam pagar a conta da crise”, afirmou Carina.
Lúcia Rincón, presidenta da União Brasileira de Mulheres (UBM), antiga defensora dos direitos das mulheres e da democracia no Brasil, convocou todas as estudantes secundaristas a defenderem o mandato da presidenta Dilma.
“Nesse momento que a sociedade brasileira precisa da presença reunir mulheres e empoderar mulheres é sim aprofundar a democracia no nosso país. Mulheres secundaristas, estejam sempre juntas para defender os direitos das mulheres na sociedade brasileira e acabar com o machismo”, colocou.
Para Gabriele Paulanti, diretora da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), os momentos de crise são importantes para avançar nas conquistas.
“Nós temos muitos desafios ainda pela frente e as mulheres devem estar protagonizando as mudanças que queremos para o país. É um momento de renovarmos a esperanças, pra termos uma escola cada vez melhor e construir o país dos nossos sonhos”, afirmou.
Já a diretora de Mulheres da UNE, Bruna Rocha, destacou a importância do debate de gênero nas escolas, que tem sido rejeitado por movimentos conservadores em diversas cidades e Estados do país.
“Debater gênero nas escolas é fundamental para destruir o machismos diretamente na origem, para mudar a mentalidade a respeito do lugar das mulheres nas escolas e na sociedade”, afirmou.