Paralisação nas escolas estaduais já chega a 26 dias
Na manhã desta terça-feira (19), estudantes e professores percorreram as ruas de Curitiba em ato conta o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB). Os educadores e funcionários da rede estadual estão em greve desde o dia 21 de abril.
Com participação de mais de 30 mil pessoas, a concentração do ato ocorreu na região central da capital paranaense, em dois lugares distintos. Os servidores da Região Metropolitana se reuniram na praça Rui Barbosa, enquanto aqueles que se localizam no interior se agruparam na praça Santos Andrade.
Os professores reivindicam aumento salarial. O Estado já confirmou um acréscimo salarial de 5% que será pago em duas parcelas e disse não haver mais negociações, no entanto, os professores exigem acréscimo de 8,17%.
De acordo com a presidenta da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES), Camila Lanes, o governador afirmou que só irá negociar com os professores após fim da paralisação. “O governador Beto Richa confirmou que só haverá negociação quando os professores finalizarem a greve “, diz.
A paralisação dos educadores, que já conta 26 dias, não tem previsão para acabar.
A greve teve início em consequência do projeto de lei ParanáPrevidência, que alterou a gestão de recurso da previdência do estado. O texto foi aprovado pelos deputados e sancionado pelo governador.
Durante a votação do projeto na Assembleia Legislativa (Alep), no dia 29 de abril, policiais militares agrediram os manifestantes na praça Nossa Senhora de Salete, em frente à Alep. Mais de 200 pessoas ficaram feridas.
Os estudantes paranaenses e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP) estão organizando um novo ato para o dia 29 de maio.
Foto: Andressa Almeida / RPC