Neste último domingo (29/11) aconteceu uma assembleia geral aberta na Escola Caetano de Campos da Consolação, região do Centro na capital.
Representantes de cerca de 50 ocupações e das entidades estudantis UPES e UBES se reuniram para debater a importância da unidade da primavera secundarista e discutir alguns passos para as ocupações.
Assim como na primeira grande assembleia que aconteceu no último dia 24 na sede das entidades estudantis, o ponto alto do encontro foi a carta-manifesto construída pelos estudantes.
“Conseguimos mais assinaturas para nosso manifesto que já vem sendo debatido nas escolas. A articulação para constituição de um comando começou neste domingo, mas ainda deve ser debatida nas ocupações até a próxima assembleia que deverá ser na quarta (2). A nossa ideia é de que esse comando seja formado por duas pessoas de cada ocupação”, afirmou a presidenta da União Paulistas dos Estudantes Secundaristas, Ângela Meyer.
Para ela a criação do comando é necessária “para que a gente torne a nossa luta mais unitária, que consiga debater as intervenções politicamente e fazer o Alckmin recuar ”.
Esta semana já são mais de 200 escolas ocupadas contra a “reorganização” do governado tucano que quer fechar pelo menos 93 escolas e deve afetar a vida de 311 mil estudantes e 74 mil professores.
No manifesto os estudantes afirmam que todas as ocupações são exemplos de espaços democráticos, politizados e organizados. E afirmam: “Sem medo de errar dizemos: cuidamos das escolas até muito melhor do que o governo!”
No documento eles exigem a revogação imediata da reorganização escolar; que nenhuma escola seja fechada ou dividida; que nenhum professor seja demitido e que nenhuma escola seja (ainda mais) superlotada. E ainda rechaçam qualquer perseguição política ou punição para os membros da comunidade escolar por se mobilizar democraticamente.